Deputado afirma que não foi consultado e aponta erros na condução do projeto

Guilherme Derrite afirma que o governo não o procurou para discutir o PL Antifacção e critica o texto apresentado.
Falta de diálogo sobre o PL Antifacção
O deputado federal e Secretário de Segurança Pública de São Paulo licenciado, Guilherme Derrite, declarou em entrevista no programa Os Pingos nos Is que o governo federal não o procurou para discutir o PL Antifacção. Segundo Derrite, durante os 15 dias que esteve em Brasília, não houve qualquer iniciativa por parte do governo para dialogar sobre o projeto de lei. Essa afirmação evidencia um descontentamento com a condução das discussões em torno de uma proposta considerada relevante para o combate ao crime organizado.
Sugestões feitas ‘às escondidas’
Derrite relatou que membros de instituições federais apresentaram sugestões ao texto do PL Antifacção sem seu conhecimento, o que reforça sua crítica à falta de transparência nas discussões. Ele argumenta que essa abordagem compromete a eficácia do debate legislativo e pode levar a decisões apressadas ou mal fundamentadas. O deputado enfatizou que, apesar de algumas sugestões terem sido aceitas, a maioria das propostas do governo não foram consideradas.
Críticas ao governo Lula
Na mesma ocasião, o deputado criticou o governo Lula por não ter se envolvido ativamente no processo de elaboração do projeto. Ele chamou a atenção para o erro cometido ao afastar-se do debate, especialmente considerando que sua escolha para relatar o tema pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, gerou críticas desde o início. Derrite afirmou que, embora tenha sido procurado no dia da votação, não recebeu ninguém devido à falta de condições para isso.
A percepção sobre o texto original
Além das críticas ao processo de consulta, Derrite também se manifestou sobre o conteúdo do projeto apresentado pelo governo. Ele descreveu o texto original como ‘fraco’, sugerindo que não atende às necessidades de uma legislação robusta para combater a facção criminosa. Essa avaliação ressalta a importância de se ter um projeto bem estruturado e debatido antes da votação final, garantindo que todas as vozes envolvidas sejam ouvidas.
Conclusão
As declarações de Guilherme Derrite levantam questões importantes sobre a condução das políticas de segurança pública no Brasil e a necessidade de um diálogo mais aberto e transparente entre os diferentes níveis de governo. A falta de comunicação e o afastamento do governo federal em relação ao PL Antifacção podem ter implicações significativas para o futuro das legislações de combate ao crime organizado no país.


