Concessão do novo centro administrativo em São Paulo será realizada por meio de Parceria Público-Privada
Propostas para construção da nova sede do governo de SP serão recebidas na segunda-feira, com investimento de R$ 6 bilhões.
O governo de São Paulo está se preparando para receber, na próxima segunda-feira (24), as propostas das empresas interessadas na construção da nova sede administrativa, a ser localizada nos Campos Elíseos. Este projeto faz parte de uma Parceria Público-Privada (PPP) que visa centralizar cerca de 22 mil servidores estaduais e revitalizar o centro da capital paulista. O leilão para a concessão está agendado para sexta-feira (28), às 14 horas, na B3.
Investimentos e estrutura do novo centro administrativo
O investimento total estimado para a nova sede é de R$ 6 bilhões. O projeto contempla a construção de sete edifícios e dez torres, que abrigarão o gabinete do governador, além de diversas secretarias e órgãos estaduais, atualmente distribuídos em mais de 40 endereços na cidade. A nova estrutura será projetada para acomodar cerca de 22 mil servidores e incluirá diversas comodidades, como teatros, auditórios e salas multiuso, além de áreas verdes ampliadas.
Requalificação e benefícios para a região
Além da construção do novo centro, o projeto prevê a requalificação do bairro dos Campos Elíseos, que incluirá o restauro de 17 imóveis tombados, contribuindo para a preservação do patrimônio histórico da região. Estão previstos também 25 mil metros quadrados destinados a comércio e serviços, promovendo o desenvolvimento econômico local e a criação de novos postos de trabalho.
Responsabilidades da concessionária
A concessionária que vencer a licitação será responsável não apenas pela construção, mas também pela operação e manutenção do complexo durante todo o período de 30 anos de concessão. Isso inclui serviços essenciais como limpeza, segurança e conservação do espaço.
Consulta pública e contribuições recebidas
A proposta para a nova sede foi elaborada pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), com apoio técnico da Companhia Paulista de Parcerias. Uma consulta pública foi realizada entre janeiro e março, recebendo 268 contribuições, das quais 64% foram total ou parcialmente acolhidas pelo governo. Essas sugestões resultaram em ajustes no edital, especialmente em questões relacionadas a desapropriações e alocação de riscos.
Empresas interessadas no projeto
Durante a consulta, algumas empresas se destacaram, como o grupo espanhol Acciona, que possui experiência em concessões de infraestrutura, sendo responsável pela transformação da antiga estação ferroviária Júlio Prestes na Sala São Paulo. Outra interessada é a Construcap, conhecida por obras significativas como a sede da Natura e a reforma do Mineirão. A Sete Partners também participou, trazendo expertise em investimentos e assessoria financeira para grandes projetos.
Conclusão
A nova sede do governo paulista representa um passo importante na modernização e centralização da administração pública em São Paulo, trazendo benefícios não apenas para os servidores, mas também para a comunidade local, com a revitalização e requalificação do centro da capital.
