AGU propõe banimento de 17 expressões racistas em documentos oficiais

Nova portaria busca prevenir o uso de linguagem discriminatória na Advocacia-Geral da União

AGU propõe banimento de 17 expressões racistas em documentos oficiais
Prédio da AGU. Foto: m colorida do prédio da AGU

AGU divulga lista de expressões racistas a serem banidas, visando a inclusão e respeito na comunicação oficial.

AGU propõe banimento de 17 expressões racistas

A Advocacia-Geral da União (AGU) lançou uma ação significativa no dia 20 de novembro de 2025, Dia da Consciência Negra, ao assinar uma portaria que estabelece novas diretrizes para prevenir o uso de linguagem racista em seus documentos e pronunciamentos. A procuradora-geral federal, Adriana Maia Venturini, lidera essa iniciativa com o objetivo de inibir expressões que perpetuam preconceitos históricos, promovendo uma comunicação mais respeitosa e inclusiva.

Diretrizes para uma comunicação inclusiva

A portaria, que foi publicada no Diário Oficial da União, define como linguagem racista aquelas expressões que perpetuam estereótipos ou associações negativas relacionadas à raça, cor, origem ou etnia. Essa definição amplia a compreensão sobre como a linguagem pode influenciar a percepção e o tratamento de indivíduos de diferentes grupos raciais.

Lista de expressões a serem banidas

Para tornar a determinação mais clara, a AGU divulgou uma lista com 17 expressões que são frequentemente utilizadas de forma depreciativa. Entre elas, encontramos:

  • “a coisa está preta”;
  • “baianada”;
  • “boçal e seu derivado: boçalidade”;
  • “cor de pele”, que deve ser evitada ao se referir a tons de bege;
  • “denegrir”;
  • “dia de branco”;
  • “escravo”, que deve ser substituído por “pessoa escravizada”;
  • “humor negro”, que pode ser substituído por “humor ácido” ou “humor macabro”;
  • “índio”, que deve ser substituído por “indígena” ou pelo nome da etnia;
  • “lista negra”, que deve ser trocada por “lista proibida” ou “lista restrita”;
  • “magia negra”;
  • “meia-tigela”;
  • “mercado negro”, que deve ser substituído por “mercado ilícito”;
  • “mulato” e “mulata”;
  • “não sou tuas negas”;
  • “ovelha negra”;
  • “samba do crioulo doido”.

Essas expressões foram escolhidas por seu potencial de ofensa e por perpetuarem estigmas raciais. A AGU busca, com essa ação, promover uma mudança na forma como a linguagem é utilizada em ambientes oficiais.

Impacto esperado da iniciativa

A proposta da AGU é um passo importante para a promoção de um ambiente mais respeitoso e igualitário. A mudança na linguagem é um componente essencial para a desconstrução de preconceitos e para a promoção da inclusão social. A medida também reflete um compromisso da AGU com os direitos humanos e a diversidade, fundamentais na construção de uma sociedade mais justa.

Conclusão

A iniciativa da AGU, ao banir expressões racistas, não apenas busca uma mudança na comunicação interna, mas também se propõe a incentivar uma reflexão mais ampla sobre o uso da linguagem na sociedade. A comunicação é uma ferramenta poderosa que pode reforçar ou desafiar hierarquias sociais, e é essencial que as instituições públicas liderem pelo exemplo. Com essa ação, espera-se que outras entidades também adotem práticas semelhantes, contribuindo para um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todos.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: m colorida do prédio da AGU

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