Contradição na PF: Delegado confirma investigação sobre sindicato ligado a irmão de Lula

A Polícia Federal (PF) está investigando o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), conforme confirmado pelo delegado Carlos Henrique de Sousa em depoimento na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira. A declaração do delegado lança dúvidas sobre a postura da cúpula da PF.

Essa confirmação contradiz a versão do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que havia negado a existência de apurações contra o sindicato, que possui ligações com Frei Chico, irmão do presidente Lula da Silva. “O Sindnapi é investigado”, assegurou o delegado Sousa, ressaltando a extensão da representação inicial do caso.

A investigação ganhou força após um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontar que a maioria dos beneficiários ligados ao Sindnapi negou ter autorizado descontos em suas aposentadorias e pensões. O documento também revelou um aumento significativo na receita do sindicato, saltando de R$ 23 milhões em 2020 para R$ 154 milhões em 2024.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) questionou a ausência do nome do sindicato nas divulgações iniciais da operação, que apura fraudes em descontos realizados nas aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS. A atuação do parlamentar busca esclarecer a fundo as responsabilidades e o alcance das possíveis irregularidades.

Diante das evidências, o Tribunal de Contas da União (TCU) acatou representação do partido Novo e determinou inspeções no INSS, incluindo também o Ministério da Previdência e o Dataprev no processo de averiguação. O objetivo é rastrear os repasses a entidades sindicais e identificar os responsáveis pela autorização dos descontos.

O ministro Aroldo Cedraz, relator do processo no TCU, determinou a suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) que autorizam os descontos nos benefícios previdenciários até a conclusão das investigações. Essa medida visa proteger os beneficiários de possíveis descontos indevidos.

Fonte: http://revistaoeste.com

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