Moraes Decreta Prisão Preventiva de Bolsonaro Após Tentativa de Romper Tornozeleira e Suspeita de Fuga

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL). A decisão foi motivada pela tentativa do ex-presidente de romper a tornozeleira eletrônica e pela suspeita de que ele planejava fugir do país, buscando asilo em uma embaixada. A Polícia Federal (PF) havia solicitado a prisão, alegando risco iminente de fuga.

A solicitação da PF ganhou força após a divulgação de um vídeo do senador Flávio Bolsonaro (PL). No vídeo, o senador convocava manifestações em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. A PF interpretou a convocação como uma tática semelhante à utilizada na tentativa de golpe de Estado de 2022, com o objetivo de disseminar mensagens de ataque e ódio contra as instituições.

A PF argumentou que o “tumulto nos arredores da residência do condenado, poderá criar um ambiente propício para sua fuga, frustrando a aplicação da lei penal”. A proximidade da residência de Bolsonaro com a Embaixada dos Estados Unidos, cerca de 15 minutos de carro, também foi levada em consideração. Adicionalmente, a PF relembrou o plano anterior de Bolsonaro de buscar asilo na embaixada da Argentina.

Na decisão, Moraes citou: “O tumulto causado pela reunião ilícita de apoiadores do réu condenado tem alta possibilidade de colocar em risco a prisão domiciliar imposta e a efetividade das medidas cautelares, facilitando eventual tentativa de fuga do réu”. O ministro também mencionou a comunicação do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal sobre a “violação” da tornozeleira eletrônica do ex-presidente.

Bolsonaro foi encaminhado para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ele ficará custodiado em uma Sala de Estado Maior, um espaço com banheiro privativo, cama, mesa, cadeira e televisão, similar ao utilizado por Lula na PF em Curitiba. Moraes determinou acompanhamento médico permanente e restringiu as visitas, permitindo acesso apenas a advogados e equipes médicas. A decisão de Moraes será avaliada pela Primeira Turma do STF em sessão virtual extraordinária na próxima segunda-feira (24).

Fonte: http://ric.com.br

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