Ex-presidente teve comportamento preocupante, segundo pessoas próximas, após ser preso

Aliados relatam que Bolsonaro estava em surto ao tentar danificar tornozeleira eletrônica.
Surto e comportamento preocupante de Bolsonaro
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que ele estava em um estado de surto ao tentar danificar sua tornozeleira eletrônica. O incidente ocorreu após sua prisão no dia 22 de novembro de 2025, quando o ex-presidente foi detido sob alegações que incluem a violação do monitoramento eletrônico. Segundo pessoas próximas à família, Bolsonaro acreditava que estava ouvindo vozes vindas do aparelho, o que levou a um comportamento errático.
Detalhes do incidente com a tornozeleira
Um relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do governo do Distrito Federal revelou que a tornozeleira eletrônica apresentava queimaduras em toda a sua circunferência, indicando que algo havia sido utilizado para danificá-la. A violação foi detectada às 00h07 do dia da prisão, acionando imediatamente a equipe de policiais penais que realizavam a escolta da residência de Bolsonaro. O advogado do ex-presidente, Paulo Bueno, afirmou que a tornozeleira foi colocada com o intuito de humilhar Bolsonaro.
Declarações polêmicas do ex-presidente
Durante uma conversa com uma policial, Bolsonaro admitiu ter “metido ferro quente” na tornozeleira, referindo-se a um ferro de solda. Apesar de sua confissão, o ex-presidente insistiu que não tinha a intenção de romper o dispositivo, afirmando: “Não rompi a pulseira não. Está tranquilo aí.” Essa declaração levanta questões sobre seu estado mental e suas reais intenções durante o episódio.
Repercussão entre aliados e a defesa
Aliados de Bolsonaro afirmam que ele não tinha planos de fuga, argumentando que, se essa fosse sua intenção, ele não teria tentado danificar a tornozeleira 24 horas antes de um evento programado. O deputado estadual Lucas Bove (PL), próximo ao ex-presidente, questionou em suas redes sociais a lógica de tentar desativar o equipamento com tanta antecedência. Essa defesa reflete a preocupação dos aliados quanto à interpretação do comportamento de Bolsonaro e suas implicações legais.
O contexto da prisão
A prisão de Bolsonaro foi decretada por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, em decorrência de uma investigação que envolve possíveis violações de regras de monitoramento. O ex-presidente, que já enfrentou diversas controvérsias durante seu mandato, agora se vê em uma nova batalha jurídica, enquanto seus aliados tentam justificar suas ações em um momento de crise. A situação é acompanhada de perto, tanto pelos apoiadores quanto pelos críticos, que aguardam desdobramentos sobre o estado mental e as próximas ações legais de Bolsonaro.
*Com informações do Estadão Conteúdo

