Empresas levantam quase US$ 100 bilhões para acelerar investimentos em infraestrutura de inteligência artificial

Empresas de tecnologia levantam quase US$ 100 bilhões para acelerar investimentos em IA e computação em nuvem.
Gigantes da tecnologia aumentam investimentos em IA
Em um movimento sem precedentes, diversas empresas de tecnologia estão recorrendo ao mercado de dívidas para financiar a expansão em inteligência artificial (IA). Este fenômeno ocorre em meio à crescente demanda por infraestrutura de computação em nuvem. As companhias, incluindo Amazon, Google, e Microsoft, já levantaram quase US$ 100 bilhões em ofertas de títulos, um reflexo de suas estratégias para acelerar o desenvolvimento de suas operações de IA.
O apetite dos investidores e as dívidas acumuladas
A Amazon, por exemplo, anunciou no dia 17 de novembro a intenção de captar US$ 15 bilhões em sua primeira emissão de títulos em dólares desde 2021. A demanda foi surpreendente, atingindo US$ 80 bilhões, mesmo com a empresa já possuindo US$ 66,92 bilhões em caixa e US$ 69,29 bilhões em dívidas. Esse movimento é um indicativo claro da disposição do setor em assumir riscos financeiros significativos para não perder espaço no mercado.
A Oracle também se destacou ao protocolar uma oferta de aproximadamente US$ 18 bilhões em setembro, visando financiar sua infraestrutura de IA. A empresa, que já acumula US$ 101,25 bilhões em dívidas, tem US$ 10,45 bilhões em caixa.
Diversificação das estratégias entre as empresas
Além das iniciativas da Amazon e da Oracle, a Verizon anunciou planos para captar US$ 11 bilhões para auxiliar na aquisição da Frontier Communications. A empresa atualmente possui US$ 139,62 bilhões em dívidas e apenas US$ 7,71 bilhões em caixa. Essa movimentação mostra que as empresas estão diversificando suas estratégias de financiamento, buscando não apenas expandir suas operações, mas também realizar aquisições estratégicas.
A Alphabet, controladora do Google, está levantando US$ 17,5 bilhões nos EUA e 6,5 bilhões de euros na Europa, com o objetivo de utilizar os recursos para fins corporativos gerais, incluindo o pagamento de dívidas. Atualmente, a empresa mantém US$ 48,78 bilhões em débitos e US$ 23,09 bilhões em caixa.
A pressão sobre as big techs
Meta, por sua vez, está buscando até US$ 30 bilhões para financiar sua expansão em IA, enfrentando um período de forte pressão de custos devido ao desenvolvimento de centros de dados e à contratação acelerada de especialistas. A empresa possui US$ 59 bilhões em dívidas e US$ 10,19 bilhões em caixa.
Projeções otimistas para o futuro
Apesar dos alertas sobre uma possível bolha de IA, o setor permanece otimista. O CEO da Alphabet, Sundar Pichai, alertou que nenhuma empresa estará imune caso essa bolha estoure. Entretanto, a previsão do Deutsche Bank indica que os investimentos globais em tecnologia podem alcançar a marca de US$ 4 trilhões até 2030. Essa perspectiva positiva reflete a crença das empresas na continuidade da demanda por tecnologias de IA e computação em nuvem.
Conclusão
O crescente recurso às dívidas demonstra a determinação do setor em não apenas acompanhar, mas liderar a corrida pela inteligência artificial. As big techs estão dispostas a investir significativamente, mesmo diante de riscos elevados, moldando o futuro da indústria nos próximos anos. Com uma combinação de inovação e financiamento robusto, essas empresas buscam garantir sua posição de destaque em um mercado em rápida evolução.




