Gestão e eficiência são essenciais para enfrentar custos na nova fase do agronegócio
O agronegócio brasileiro enfrenta desafios e oportunidades com a expansão internacional, exigindo gestão eficiente.
O agronegócio brasileiro e sua expansão internacional
O agronegócio brasileiro vive um momento de expansão e transformação. A busca por novos mercados, como Japão, Coreia do Sul, Cingapura, Índia e Egito, destaca o Brasil no comércio global, ampliando as possibilidades para produtos de alto valor agregado, como carne de aves, ovos processados e castanha-do-brasil. Contudo, essa expansão traz desafios significativos, especialmente em relação aos custos e investimentos que as empresas e produtores devem enfrentar.
A importância da gestão na nova fase do agronegócio
De acordo com estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), espera-se que o agronegócio represente cerca de 29,4% do PIB brasileiro em 2025, o maior patamar em mais de duas décadas. Esse dado ressalta a importância do equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade financeira, em um cenário onde a ampliação de mercados exige adaptação às exigências técnicas, certificações e custos logísticos elevados.
Desafios custos na expansão do agronegócio
O Brasil já possui uma experiência consolidada em exportações no agronegócio, com a China respondendo por cerca de 30% do valor das exportações do setor, seguida pela União Europeia com 14% e os Estados Unidos com 7%. Apesar desse histórico positivo, o desafio reside em garantir que a expansão ocorra de maneira equilibrada, considerando os custos adicionais que surgem com a logística, certificações sanitárias e ajustes operacionais. O planejamento financeiro rigoroso é, portanto, uma necessidade premente.
A visão de especialistas sobre a gestão eficiente
André Paranhos, vice-presidente da unidade de negócios especializada em Agronegócio da Falconi, afirma que o diferencial competitivo do setor está na gestão eficiente dos recursos. Ele destaca que a expansão internacional depende da capacidade de planejar, executar e controlar gastos com eficiência. Para ele, a análise de custos de transporte, adequações sanitárias e estrutura de armazenamento é vital para não comprometer as margens de lucro.
Conformidade e custos operacionais
A entrada em novos mercados exige padrões internacionais de qualidade, rastreabilidade e governança, o que naturalmente eleva os custos de conformidade e operação. Paranhos enfatiza que o desafio não se limita apenas à redução de despesas, mas à alocação inteligente de recursos, priorizando o que realmente gera valor e sustenta a competitividade a longo prazo. A capacidade de produzir mais com menos será, segundo ele, uma característica distintiva dos líderes do setor no futuro.
O futuro do agronegócio brasileiro
A competitividade do agro brasileiro dependerá da eficiência produtiva e da gestão financeira e operacional. Com a abertura de novas fronteiras comerciais, o desafio é garantir que o aumento em volume e alcance não seja acompanhado por um desequilíbrio nos custos. O futuro do setor será definido por aqueles que conseguirão transformar oportunidades em resultados consistentes, com foco em dados, inovação e governança inteligente.
