Em um momento de crescente tensão com os Estados Unidos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou a população venezuelana a defender o país contra o que ele chamou de “ameaças imperialistas”. O discurso inflamado ocorreu na terça-feira (26), na Academia Militar do Forte Tiuna, um dos principais complexos militares da Venezuela, em Caracas.
Maduro declarou que a Venezuela enfrenta uma “coyuntura decisiva para sua existência” e enfatizou que “está proibido falhar” na defesa da nação. Ele pediu a civis, políticos, militares e policiais que se dediquem ao máximo, afirmando: “Se a pátria reclamar, a pátria terá nossa vida, se necessário”.
A declaração de Maduro foi feita durante uma marcha que reuniu milhares de pessoas, incluindo simpatizantes do chavismo e funcionários do governo. Os manifestantes expressaram sua rejeição às “ameaças e ataques do imperialismo”, em referência ao desdobramento militar dos EUA no Caribe, que Washington descreve como uma operação de combate ao narcotráfico, mas que Caracas considera uma ameaça para promover uma mudança de regime.
As tensões entre os dois países aumentaram recentemente, após o Departamento de Estado dos EUA classificar o Cartel de los Soles como um grupo terrorista estrangeiro, acusando Maduro e membros de seu governo de liderarem a organização. O governo venezuelano nega as acusações, classificando-as como um “invento” de Washington.
Ademais, a situação aérea se agravou com a suspensão de cerca de 30 voos internacionais partindo de Caracas, após a Administração Federal de Aviação dos EUA recomendar “extremar precauções” ao sobrevoar a Venezuela devido a uma situação potencialmente perigosa na região. O discurso de Maduro e a mobilização popular refletem um cenário de crescente atrito entre Caracas e Washington, com o líder venezuelano buscando demonstrar unidade nacional e determinação diante das pressões externas.
Fonte: http://vistapatria.com.br
