Lula Abre Assembleia da ONU Sob Tensão Após Sanções Americanas a Ligados ao STF

Luiz Inácio Lula da Silva discursa hoje na abertura da 80ª Assembleia-Geral da ONU em Nova York, em um momento de crescente tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. A cerimônia ocorre um dia após o governo americano anunciar sanções contra figuras próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo a esposa do ministro Alexandre de Moraes. A medida adiciona um elemento de incerteza à participação brasileira no evento.

Lula deve usar seu discurso para reafirmar a defesa da democracia, o combate à fome e a importância do multilateralismo. Espera-se também que ele enfatize a soberania nacional, rejeitando qualquer forma de ingerência externa nos assuntos do país. Fontes do governo indicam que o presidente pretende responder às recentes ações dos EUA com firmeza.

As sanções americanas, anunciadas pelo governo Trump, atingiram Viviane Barci de Moraes e o instituto Lex, ligado à família do ministro Alexandre de Moraes. Simultaneamente, o governo revogou o visto do advogado-geral da União, Jorge Messias. O Ministério das Relações Exteriores classificou as medidas como “indevidas” e “um ataque à soberania brasileira”.

Em resposta, o governo brasileiro defendeu o ministro e o STF, argumentando que as sanções não favorecem “os responsáveis por liderarem a tentativa frustrada de golpe de Estado”. Em nota oficial, o governo declarou que “o Brasil não se curvará a mais essa agressão”, indicando uma postura de resistência frente às pressões externas.

Tradicionalmente, o Brasil abre os discursos na Assembleia-Geral da ONU desde a década de 1950, embora não haja uma norma formal que determine isso. Após as falas do secretário-geral António Guterres e da presidente da Assembleia, Annalena Baerbock, Lula será o primeiro chefe de Estado a discursar, seguido por Donald Trump. A previsão é que o discurso de Lula ocorra às 10h (horário de Brasília). Este será seu décimo discurso na ONU, consolidando sua presença marcante no cenário global.

Além de Lula e Trump, líderes de diversos países, como Indonésia, Turquia e Coreia do Sul, discursarão no período da manhã, seguindo uma ordem previamente estabelecida. À tarde, a partir das 16h, representantes de Mongólia, Chile, França e Colômbia, entre outros, completarão a agenda do primeiro dia da Assembleia.

Fonte: http://revistaoeste.com

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