Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sinalizou a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2026, reacendendo o debate sobre a sucessão no campo da direita. A declaração, concedida à revista Veja e publicada nesta quinta-feira, 29, gerou repercussão no cenário político nacional.
O deputado federal licenciado condicionou sua entrada na disputa ao aval de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir”, afirmou Eduardo, evidenciando a forte influência de Bolsonaro em suas decisões políticas.
Além de considerar a candidatura, Eduardo Bolsonaro defendeu que Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, deveria ser o candidato natural em um cenário democrático. “Eu acho que, numa democracia normal, quem deveria ser o candidato é o Jair Bolsonaro, que inclusive lidera diversas pesquisas”, declarou o deputado.
Enquanto isso, Jair Bolsonaro enfrenta um cenário jurídico complexo, com duas condenações na Justiça Eleitoral e um processo por tentativa de golpe de Estado relacionado aos eventos de 8 de janeiro de 2023. O ex-presidente é réu principal nesse processo, que pode resultar em prisão.
Paralelamente, o próprio Eduardo Bolsonaro passou a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de coação, obstrução de Justiça e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O inquérito apura supostas pressões a autoridades brasileiras, incluindo membros do STF, da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em suas declarações, Eduardo Bolsonaro também criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes no STF. “Ele sabe que ele vai sair derrotado porque não tem a verdade ao lado dele”, argumentou o deputado licenciado, questionando a duração e os resultados do inquérito das fake news.
Fonte: http://revistaoeste.com