Feminicídio em Goiás: mulher é assassinada pelo ex-companheiro com quatro tiros

Crime ocorreu em Rio Verde e foi registrado por câmeras de segurança

Feminicídio em Goiás: mulher é assassinada pelo ex-companheiro com quatro tiros
1 de 1 Momento em que a mulher é rendida e baleada diversas vezes pelo ex-companheiro – Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

Rosilene Barbosa foi morta em Rio Verde, Goiás, após ter solicitado medida protetiva contra o ex-companheiro.

O feminicídio em Goiás ganhou destaque após o assassinato de Rosilene Barbosa do Espírito Santo, ocorrido no último sábado, 29 de novembro, em Rio Verde. A técnica de enfermagem, de 38 anos, foi morta à queima-roupa com pelo menos quatro tiros, enquanto estava em frente a uma distribuidora de bebidas. O crime foi registrado por câmeras de segurança, que mostram Edis Ramos Mandacari, o ex-companheiro da vítima, se aproximando do local.

Circunstâncias do crime

Rosilene havia deixado sua casa devido ao medo que sentia em relação a Edis, e se abrigava na residência de uma amiga, onde também se encontrava o filho do casal. No entanto, o autor do crime conseguiu encontrá-la nas proximidades da distribuidora. As imagens das câmeras mostram Edis chegando em um carro branco, estacionando e se aproximando da vítima antes de disparar contra ela. O crime chocou a comunidade local, que se mobiliza em torno da questão da violência contra a mulher.

Após o feminicídio, Edis fugiu do local e foi encontrado sem vida pela Polícia Civil, com um disparo na cabeça. As evidências sugerem que ele pode ter cometido suicídio após o assassinato.

Medidas protetivas e histórico de violência

De acordo com o delegado responsável pela investigação, Adelson Candeo, Rosilene havia solicitado uma medida protetiva contra Edis na terça-feira, 25 de novembro, após sofrer diversas ameaças. A solicitação de proteção evidencia a gravidade do relacionamento que a vítima mantinha com o agressor, que era marcado por violência psicológica e agressões. Rosilene estava em um relacionamento com Edis há cerca de 15 anos, e durante esse tempo, enfrentou constantes ofensas verbais e comportamentos agressivos.

Em um dos incidentes mais graves, ocorrido em outubro, Edis destruiu objetos da casa, incluindo celulares da vítima e do filho. Além disso, a mulher relatou episódios de enforcamento e tentativas de controle sobre suas ações, como impedir que ela saísse de casa durante as brigas. Esses relatos são comuns em casos de feminicídio e revelam a complexidade da dinâmica de violência.

O impacto na comunidade

O assassinato de Rosilene traz à tona a urgência de discussões sobre a violência contra a mulher no Brasil. A comunidade de Rio Verde se mobiliza para apoiar campanhas de conscientização e prevenção à violência. As autoridades locais têm ressaltado a importância de que as mulheres se sintam seguras ao buscar ajuda e proteção. A situação de Rosilene é um lembrete trágico de que muitas mulheres ainda enfrentam desafios imensos para romper ciclos de violência.

O caso segue sob investigação, e a polícia continua a apurar todas as circunstâncias do crime. A sociedade aguarda respostas e justiça para Rosilene e todas as vítimas de feminicídio que, diariamente, enfrentam situações semelhantes no país.

Fonte: www.metropoles.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *