Presidente do PSD afirma que candidatura de Tarcísio deve ser de centro-direita para derrotar Lula em 2026
Kassab afirma que Tarcísio deve se distanciar do bolsonarismo para ter chances em 2026.
Kassab afirma que Tarcísio não pode se apresentar como bolsonarista
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, declarou que Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, “não pode se apresentar como bolsonarista” se decidir concorrer à presidência da República em 2026. A afirmação foi feita durante a Arko Conference 2025, que reuniu diversas autoridades e especialistas do setor financeiro.
Kassab ressaltou que Tarcísio é o principal candidato do PSD para a sucessão presidencial, afirmando que se o governador paulista entrar na disputa, o partido irá apoiá-lo. Porém, ele destacou a importância de Tarcísio se posicionar como um candidato de centro-direita, evitando a rotulação bolsonarista, que, segundo Kassab, pode dificultar a vitória sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do próximo ano.
O cenário eleitoral e a crítica ao bolsonarismo
Kassab analisou o atual cenário eleitoral e afirmou que somente um candidato de centro-direita terá condições de derrotar Lula. “O fator Bolsonaro é perturbador, mas tem voto”, disse Kassab. Ele acredita que um candidato de direita puro não consegue vencer, enquanto um de centro pode ter chances. A presença do bolsonarismo, segundo ele, “atrapalha um pouquinho” a busca por uma vitória.
Além de discutir a candidatura de Tarcísio, Kassab também criticou o Congresso Nacional, que, segundo suas palavras, tem se distanciado das pautas relevantes para o desenvolvimento do país. Ele sugeriu a adoção do voto distrital como uma solução para que os eleitores saibam exatamente em quem estão votando. “Precisamos de mudanças radicais”, enfatizou.
Análise das gestões presidenciais
Em um balanço sobre diferentes gestões presidenciais, Kassab não poupou críticas. Ele descreveu Dilma Rousseff como uma “presidente fraca”, elogiou o governo de Fernando Henrique Cardoso e comentou sobre Lula, afirmando que existem “três Lulas”: as duas primeiras gestões que considera positivas e a atual, marcada por dificuldades de gestão. Para Kassab, Lula não conta mais com bons quadros e enfrenta problemas de governabilidade, além de sinalizar um aumento na carga tributária, o que poderá levar a uma explosão nas contas públicas.
Kassab também fez observações sobre os programas assistenciais do atual governo, comparando a abordagem do governo à de políticas liberais. Ele afirmou que o liberalismo incentiva a poupança e o investimento, enquanto a esquerda promete soluções assistenciais que, segundo ele, não ajudam a resolver os problemas estruturais do país.
Críticas ao ministro Alexandre de Moraes
Por fim, Kassab criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes no inquérito que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele questionou a adequação de Moraes ser “vítima e juiz” no mesmo processo, levantando preocupações sobre a imparcialidade nas decisões judiciais relacionadas a políticos.
Essas declarações de Kassab refletem não apenas a sua visão sobre a política atual, mas também a estratégia do PSD em um cenário eleitoral que se aproxima, onde alianças e posicionamentos serão cruciais para o sucesso nas urnas.
