O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), expressou preocupação com a crescente influência externa no Brasil. Em entrevista ao programa Arena Oeste, Barros defendeu a adoção de medidas urgentes para proteger a soberania nacional.
O parlamentar anunciou que pretende levar à votação um projeto de lei de sua autoria que visa proibir o financiamento estrangeiro a organizações não governamentais (ONGs) que atuam no país. “Vamos votar esse relatório para proibir que ONGs recebam dinheiro de fora, com exceção das que fazem ajuda humanitária”, afirmou Barros. A medida busca restringir o financiamento de entidades que, segundo ele, realizam “militância política disfarçada”, especialmente na Amazônia.
Barros também acusou fundações internacionais, incluindo a Usaid, de injetar recursos para interferir na política brasileira. “Usaid irrigou milhões de dólares para interferir nas eleições brasileiras”, denunciou, acrescentando que está preparando um relatório para mapear esses repasses. Segundo o deputado, essas fundações defendem interesses que nem sempre coincidem com os do Brasil.
Além da questão do financiamento estrangeiro, Filipe Barros criticou a venda de ativos estratégicos do país a preços considerados baixos para empresas de outras nações. Ele lamentou a ausência de mecanismos de controle sobre esses ativos, o que, segundo ele, coloca em risco a soberania nacional.
Na mesma entrevista, Barros abordou a polêmica em torno da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, defendendo uma anistia “ampla, geral e restrita” como forma de pacificar o país. Ele criticou a resistência do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao tema e defendeu uma reforma profunda no Judiciário para limitar o ativismo judicial.
O deputado também se manifestou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele detém o maior capital político da história recente brasileira e que tirá-lo do debate público seria uma tentativa de interferir nas eleições futuras. Por fim, confirmou sua pré-candidatura ao Senado em 2026, com o apoio de Bolsonaro e do governador do Paraná, Ratinho Júnior.
Fonte: http://revistaoeste.com
