A temporada de captura do caranguejo-uçá, um dos crustáceos mais apreciados da culinária litorânea, teve início no Paraná, prometendo aquecer o mercado de pescados e a gastronomia local. A pesca, que começou no dia 1º de dezembro, se estenderá até 14 de março de 2026 nas áreas de mangue, como Antonina e Guaraqueçaba. Este período é aguardado com expectativa por apreciadores de frutos do mar e pescadores, impulsionando a economia da região.
A temporada é um momento crucial para a economia local, especialmente em cidades como Curitiba, onde a procura por ingredientes frescos para pratos típicos aumenta consideravelmente. Em 2024, a atividade movimentou cerca de R$ 9,8 milhões no estado, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). Estabelecimentos como a Peixaria Tatiana, em Curitiba, se preparam para atender à crescente demanda por caranguejos frescos e outros frutos do mar.
No entanto, a captura é rigorosamente controlada para garantir a sustentabilidade da espécie. O Instituto Água e Terra (IAT) estabelece que somente machos com mais de 7 centímetros de carapaça podem ser capturados, e apenas de forma artesanal, proibindo o uso de ferramentas que possam danificar o habitat natural dos caranguejos. Após o dia 14 de março, a captura é totalmente proibida, permitindo a reprodução natural da espécie.
“A legislação permite a captura apenas de machos do caranguejo-uçá com mais de 7 centímetros de carapaça”, ressalta o IAT, enfatizando a importância do cumprimento das regras para a preservação da espécie. A fiscalização é intensificada durante o período de pesca para garantir que as normas sejam seguidas, evitando a pesca predatória e assegurando a continuidade da população de caranguejos nos manguezais paranaenses.
O setor pesqueiro relata um aumento significativo nas vendas durante a temporada, chegando a 50% em alguns casos. Este crescimento demonstra o impacto positivo da atividade na economia local, ao mesmo tempo em que ressalta a necessidade de práticas sustentáveis para garantir que as futuras gerações também possam desfrutar dos sabores do mar paranaense.
Fonte: http://ric.com.br

