Entendimento da Segunda Turma do STF é interpretado como favorável ao atacante do Flamengo

Decisão do STF sobre manipulação em jogo pode ajudar Bruno Henrique, do Flamengo, em sua defesa.
Decisão do STF sobre manipulação em jogo pode ajudar Bruno Henrique
A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida em 3 de dezembro de 2025, trancando a ação penal contra o lateral Igor Cariús, do Sport Recife, é vista como um possível benefício para o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, que também está envolvido em um caso de manipulação de resultados. Interlocutores próximos ao atleta afirmam que a decisão representa um “impacto significativo” em sua defesa.
O julgamento que beneficiou Cariús ocorreu após a defesa do atleta recorrer de uma decisão anterior do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O relator, ministro André Mendonça, havia negado o pedido, mas a votação foi interrompida após um pedido de vista de Gilmar Mendes. Mendes divergiu do relator, argumentando que a manipulação não afetou o resultado da partida, o que levou à aprovação do habeas corpus e trancamento da ação.
Bruno Henrique é atualmente réu em um caso de manipulação de partidas, e seus representantes planejam utilizar o entendimento do STF como uma linha argumentativa em sua defesa. Embora a decisão do STF não resolva o caso de forma definitiva, é vista como um passo positivo.
Implicações da decisão do STF para Bruno Henrique
A próxima audiência sobre o caso de Bruno Henrique está agendada para 4 de dezembro, onde a 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) vai julgar um recurso do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O MPDFT questiona a decisão anterior que não aceitou a denúncia contra o atleta por estelionato.
Os representantes do MPDFT argumentam que as medidas cautelares, como a suspensão de atividades relacionadas às apostas esportivas e o pagamento de fiança, são necessárias para evitar novos incidentes. Em julho, Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, foram formalmente acusados de fraude em apostas esportivas, mas o juiz aceitou parcialmente a denúncia.
O contexto da Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima investiga a manipulação de resultados em jogos do Campeonato Brasileiro de 2022. De acordo com a denúncia, Igor Cariús teria recebido R$ 30 mil para ser punido com um cartão amarelo em uma partida contra o Atlético-MG, enquanto jogava pelo Cuiabá. Esse tipo de manipulação tem gerado preocupação nas autoridades e levantado questões sobre a integridade do esporte.
Bruno Henrique, por sua vez, encontra-se em uma posição delicada, e a decisão do STF pode oferecer uma nova perspectiva em sua defesa. O entendimento de que a manipulação não comprometeu os resultados pode ser um argumento relevante para sua equipe legal.
Próximos passos e expectativas
Com o recurso do MPDFT a ser julgado em breve, a situação de Bruno Henrique permanece incerta. O MPDFT busca reverter a decisão que não aceitou a denúncia, o que poderia trazer novas complicações para o jogador. À medida que a audiência se aproxima, a expectativa é alta entre os envolvidos, pois as consequências dessa decisão podem impactar significativamente a carreira do atleta.
A situação continua a ser monitorada de perto, e novas atualizações devem surgir à medida que os desdobramentos legais se desenrolam. Bruno Henrique e seus representantes estão em busca de estratégias para lidar com as implicações de sua situação legal, tudo enquanto o cenário legal em torno das manipulações no futebol brasileiro se torna cada vez mais complexo.
Fonte: www.metropoles.com


