Em visita inédita à sede da Interpol em Lyon, França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou sua agenda oficial no país com um discurso enfático sobre a necessidade de ampliar a “governança digital” no combate ao crime transnacional. A passagem, que marcou a assinatura de uma declaração de intenções entre o Brasil e a organização policial internacional, ocorreu nesta segunda-feira, 9.
Lula, que recebeu uma medalha da Interpol em reconhecimento aos esforços do governo brasileiro, alertou para a crescente sofisticação da criminalidade. “A criminalidade está evoluindo a uma velocidade sem precedentes, exigindo ações multilaterais, urgentes e coordenadas”, afirmou, destacando a importância da cooperação internacional.
O presidente ressaltou a influência da tecnologia digital no crime organizado, mencionando a criação de uma diretoria de combate a crimes cibernéticos em seu governo. Ele também abordou desafios como as mudanças climáticas e a governança do espaço digital como áreas cruciais para a atuação da Interpol.
Durante o pronunciamento, Lula detalhou que o acordo firmado visa fortalecer o enfrentamento ao crime organizado, desmantelar redes criminosas transnacionais, aprimorar a tecnologia das forças de segurança e proteger os direitos humanos. Ele ainda mencionou a expansão dos adidos da Polícia Federal e a criação do Centro de Cooperação Internacional da Amazônia como medidas para fortalecer a segurança regional.
A visita de Lula coincidiu com a inclusão da deputada Carla Zambelli (PL-SP) na lista de foragidos internacionais da Interpol. Condenada a dez anos de prisão e à perda do mandato, Zambelli teve um recurso rejeitado pelo STF e sua prisão foi determinada, motivando a inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.
Fonte: http://revistaoeste.com