Em um cenário de alta tensão, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante de ordens, Tenente-Coronel Mauro Cid, se encontraram no Supremo Tribunal Federal (STF) antes de seus interrogatórios na ação penal que investiga a suposta trama golpista. O encontro, marcado por um aperto de mãos, ocorreu no plenário da Primeira Turma, palco dos depoimentos que prometem lançar luz sobre os eventos que culminaram na tentativa de golpe.
Bolsonaro chegou cedo à sala da Primeira Turma e passou cerca de 10 minutos no banheiro adjacente. Ao retornar, Cid já o aguardava, sentado ao lado de seu advogado, Cézar Bittencourt. O ex-presidente, então, dirigiu-se a Cid e o cumprimentou, em um gesto que contrastou com a gravidade das acusações que pairam sobre ambos.
Cid, visivelmente nervoso, levantou-se para retribuir o cumprimento. O ex-ajudante de ordens aguardou por cerca de 30 minutos antes de ser chamado pelo ministro Alexandre de Moraes para prestar seu depoimento. Durante esse período, Cid também prestou continência aos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministros do governo Bolsonaro, que também figuram como réus no processo.
O encontro no STF, embora breve, carregou um simbolismo forte, dado o papel central de Cid como delator no esquema investigado. A proximidade física entre Bolsonaro e seu ex-auxiliar, momentos antes de enfrentarem o rigor do interrogatório, certamente adiciona um novo capítulo à narrativa do caso. A expectativa agora se volta para o conteúdo dos depoimentos, que podem trazer novas revelações sobre a alegada tentativa de subverter a ordem democrática.
Fonte: http://vistapatria.com.br