Uma investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) expôs um esquema de corrupção envolvendo policiais rodoviários no Paraná. Os agentes são acusados de cobrar propina de caminhoneiros para evitar a aplicação de multas, utilizando métodos modernos como QR Codes e até o Wi-Fi do batalhão para facilitar as transações via Pix.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) detalhou que os policiais abordavam os motoristas e, caso estes não possuíssem dinheiro em espécie, ofereciam a opção de pagamento imediato através de um QR Code. Essa facilidade demonstrava o nível de organização e a audácia dos agentes envolvidos.
Em áreas com sinal de celular instável, os policiais chegavam a compartilhar a internet de seus próprios dispositivos ou o Wi-Fi do batalhão para garantir a efetivação do pagamento. Essa prática, flagrada em vídeo, evidencia o comprometimento dos agentes com o esquema ilícito. “As investigações apontam que pelo menos 100 motoristas foram vítimas do esquema”, revelou um investigador do Gaeco.
Na última terça-feira, a operação conjunta “Rota 466” e “Via Pix” culminou na prisão de um policial e no afastamento de outros dez de suas funções. A ação, liderada pelo Gaeco, representa um duro golpe contra a corrupção nas estradas paranaenses.
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) informou que está colaborando integralmente com as investigações. Em nota, a corporação declarou que acompanha todas as diligências e que as informações oficiais serão divulgadas pelo Ministério Público, responsável pela apuração dos fatos. A PMPR reafirmou seu compromisso com a transparência e a legalidade dos procedimentos.
Fonte: http://massa.com.br
