Após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e Hamas, aproximadamente 200 mil palestinos retornaram ao norte da Faixa de Gaza nesta sexta-feira (10). A informação foi confirmada pela Defesa Civil de Gaza, marcando um movimento significativo após intensos conflitos na região. O cessar-fogo, mediado com a participação dos Estados Unidos, busca abrir caminho para negociações de paz mais amplas.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) emitiram um comunicado informando sobre o reposicionamento de suas tropas, em preparação para as próximas fases do acordo. O foco principal desta etapa inclui a libertação de reféns israelenses mantidos pelo Hamas. “As tropas no Comando Sul estão posicionadas na área e continuarão a eliminar qualquer ameaça imediata”, declarou a IDF em sua nota oficial.
A aprovação do cessar-fogo ocorreu após deliberações no governo israelense, com a participação de representantes dos EUA. O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu expressou que Israel está próximo de alcançar seus objetivos de guerra, mencionando a possibilidade de retorno de 48 reféns, dos quais se estima que ao menos 20 estejam vivos. “Israel lutou por dois anos para alcançar seus objetivos de guerra e está prestes a conseguir”, afirmou Netanyahu.
Do lado palestino, Khalil al-Hayya, líder da equipe de negociação do Hamas, confirmou o recebimento de garantias norte-americanas para a implementação da primeira fase do plano de paz, que ele descreve como um “fim definitivo da guerra”. A rede Al Jazeera reportou que o acordo inclui a libertação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua em Israel, além de 1.700 detidos de Gaza.
Contudo, um ponto de discórdia permanece: o desarmamento do Hamas. Al-Hayya declarou enfaticamente que o grupo não aceitará tal exigência, prevista em etapas posteriores do acordo. “Nenhum palestino aceita o desarmamento”, afirmou o negociador, indicando que este tema será um ponto crítico nas futuras negociações.
