Otoni de Paula busca reconciliação e pede perdão a Moraes por ofensas passadas

Em uma reviravolta surpreendente, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) formalizou um pedido de perdão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa visa amenizar as tensões decorrentes de declarações proferidas em 2020, nas quais o parlamentar utilizou termos pejorativos para se referir ao magistrado.

O pedido de desculpas foi entregue por meio de uma carta escrita à mão, na qual Otoni de Paula expressa arrependimento pelas ofensas proferidas em lives transmitidas à época. O deputado reconhece que, durante o calor do momento, excedeu-se ao utilizar palavras como “lixo”, “canalha”, “vergonha”, “esgoto” e “déspota” para descrever o ministro.

O contexto das ofensas remonta a decisões de Alexandre de Moraes que determinaram a quebra do sigilo bancário de parlamentares investigados por supostos atos antidemocráticos, incluindo o próprio Otoni de Paula. Adicionalmente, o deputado criticou a decisão que restringiu o uso de redes sociais pelo jornalista Oswaldo Eustáquio, o que o fez deixar o cargo de vice-líder do governo.

Na carta, Otoni de Paula justifica suas declarações como uma reação à decisão que afetava sua honra como político, pastor e chefe de família. “Naquele momento, vi minha honra como político, pastor e chefe de família sendo exposta à opinião pública”, escreveu o deputado, buscando contextualizar o ímpeto que o levou a proferir as ofensas.

Apesar do pedido de perdão, Otoni de Paula enfrenta um processo no STF por difamação, injúria e coação, resultado de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República em 2020. O julgamento, ainda sem data definida, pode levar à perda do mandato parlamentar. Diante desse cenário, o deputado suplica por clemência, temendo as consequências para sua carreira política e imagem perante sua família e igreja.

Ainda, de acordo com Otoni de Paula, houve uma promessa de Moraes em relação a um possível acordo de não persecução penal. “Acredito que houve o encontro de dois seres humanos que entenderam que, quando se está debaixo de tensões, a gente pode cometer erros”, disse o deputado, mostrando otimismo quanto ao seu futuro no caso.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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