O governo do Canadá intensificou suas recomendações de viagem para o Brasil, orientando seus cidadãos a exercerem “alto grau de cautela” ao visitar o país. A medida reflete preocupações com os elevados índices de criminalidade e a frequente violência de gangues em áreas urbanas. O alerta foi divulgado na plataforma oficial do Departamento de Assuntos Globais canadense, que monitora riscos de segurança em todo o mundo.
De acordo com o informe, a elevação do status se deve à persistência de crimes como assaltos, sequestros e confrontos armados, especialmente nas grandes cidades. Embora o alerta não especifique localidades, cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador são frequentemente mencionadas em relatórios internacionais de segurança. A recomendação canadense, contudo, tem alcance nacional.
Apesar do aumento do nível de alerta, o Canadá não proibiu viagens ao Brasil. A classificação atual, a segunda mais alta em uma escala de quatro, indica que o governo canadense considera que existem riscos significativos à segurança dos viajantes, exigindo precauções adicionais. As autoridades canadenses aconselham seus cidadãos a “terem muito cuidado no Brasil devido aos altos índices de criminalidade e incidentes frequentes de gangues e outros tipos de violência em áreas urbanas”.
Outros países, como Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha, já emitiram alertas semelhantes em relação ao Brasil nos últimos anos. Essas medidas são comuns entre países que mantêm relações diplomáticas com o Brasil e visam informar seus cidadãos sobre os riscos potenciais durante viagens. O Canadá possui um número significativo de cidadãos que viajam ao Brasil para turismo, negócios e visitas familiares, além de uma considerável comunidade de brasileiros residentes em território canadense.
Até o momento, o governo brasileiro não se manifestou sobre a atualização canadense. O Itamaraty acompanha de perto essas recomendações, especialmente quando afetam a imagem do país e o setor de turismo. A percepção de insegurança urbana pode ter um impacto negativo na atração de turistas estrangeiros e também influenciar negativamente os investimentos internacionais. Em maio, a Embratur divulgou um relatório otimista, prevendo um recorde de 8 milhões de turistas até o final do ano, meta antes prevista para 2027. Marcelo Freixo, presidente da Embratur, não mencionou o aumento da violência no país.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br