Gilmar Mendes Defende Atuação do STF e Afirma: ‘Simpatizantes são Silenciosos, Adversários Barulhentos’

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, traçou um panorama de seus 23 anos na Corte, abordando temas como a Operação Lava Jato, as eleições de 2022 e a regulação das redes sociais. Mendes defendeu o papel do STF na manutenção da democracia brasileira e expressou orgulho de sua atuação em momentos críticos.

O ministro destacou que, embora o STF enfrente críticas, há um reconhecimento silencioso de sua importância por parte da sociedade. “A Corte tem simpatizantes, pessoas que reconhecem o papel do Tribunal, mas eles são silenciosos”, afirmou Mendes, contrastando com a atuação mais ruidosa de seus opositores. Ele ainda comparou a situação brasileira com a de países onde cortes foram desmanteladas, ressaltando a resiliência do STF.

Mendes relembrou momentos de destaque e controvérsia na atuação do STF, como o julgamento do Mensalão e a Operação Lava Jato. Em relação à pandemia, enfatizou a importância da Corte para conter o negacionismo do governo Bolsonaro, afirmando que “teríamos chegado a 1 milhão, talvez, sem a atuação do Tribunal”.

Ao abordar a Operação Lava Jato, Gilmar Mendes reiterou seu orgulho em ter questionado a condução da operação. “Fui a primeira voz relevante que apontou que o rei estava nu”, declarou, referindo-se às críticas que fez à época e ao seu voto decisivo na suspeição de Sergio Moro. O ministro citou a cantora Edith Piaf, dizendo: “Non, je ne regrette rien – não tenho do que me arrepender”, demonstrando convicção em suas decisões.

Sobre as eleições de 2022, Mendes garantiu que não houve dúvidas sobre o resultado e que a Justiça Eleitoral está preparada para os próximos pleitos. Ele também abordou a regulação das redes sociais, defendendo uma atuação mais rigorosa contra conteúdos ilegais, como pedofilia e incitação à violência, e sugerindo o uso da Inteligência Artificial para auxiliar nesse controle, sempre ressaltando que o STF é contra a censura.

Fonte: http://revistaoeste.com

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