Uma sessão na Câmara Municipal de Porto Alegre foi palco de um confronto generalizado na última quarta-feira (15), resultando em ferimentos em pelo menos cinco vereadores e diversos manifestantes. A confusão, que envolveu parlamentares, cidadãos e agentes da Guarda Municipal, ocorreu nas dependências do prédio legislativo, interrompendo o andamento dos trabalhos.
O prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB), anunciou a abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias do confronto. Segundo o prefeito, a investigação utilizará todos os recursos disponíveis, incluindo as imagens das câmeras corporais dos agentes de segurança, para esclarecer os eventos que levaram à escalada da violência. “É fundamental entendermos o que aconteceu para que possamos evitar que situações como essa se repitam”, declarou Melo.
A manifestação foi motivada pela votação de dois projetos de lei considerados polêmicos. O primeiro propõe a concessão do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) à iniciativa privada, enquanto o segundo restringe a atuação de catadores de materiais recicláveis na cidade. Ambos os projetos geraram forte oposição e mobilizaram um grande número de pessoas.
O tumulto teve início quando a presidente da Câmara, vereadora Comandante Nádia (PL), acionou um protocolo de segurança que restringiu o acesso do público ao plenário, já lotado. De acordo com vereadores da oposição, estavam em curso negociações para permitir a entrada de mais pessoas que aguardavam do lado de fora, expostas ao calor intenso.
Nesse momento crítico, a Guarda Municipal foi acionada e utilizou bombas de gás para dispersar a multidão. O gás atingiu não apenas os manifestantes, mas também parlamentares e funcionários da Câmara que se encontravam na entrada do prédio, ampliando o caos e elevando o número de feridos. As investigações seguem em andamento para determinar as responsabilidades e eventuais excessos.
Fonte: http://jovempan.com.br


