Em um discurso contundente durante a reunião do Banco do BRICS no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou duras críticas à ONU, questionando sua eficácia na resolução do conflito Israel-Palestina e lamentando a falta de avanços na criação de um Estado Palestino. Lula expressou preocupação com o cenário global, apontando para uma “crise de liderança” e questionando a relevância da organização internacional nos dias atuais.
O presidente brasileiro não poupou palavras ao descrever a situação em Gaza, reiterando sua condenação às ações militares de Israel e classificando-as como “genocídio”. Lula argumentou que a ONU, capaz de criar o Estado de Israel, demonstra incapacidade em promover a paz e impedir a violência contra civis palestinos, especialmente mulheres e crianças.
Além das críticas à ONU e a Israel, Lula defendeu com veemência a criação de uma moeda comum para as transações comerciais entre os países do BRICS. “A decisão de vocês de uma nova moeda de comércio é extremamente importante”, afirmou o presidente, reconhecendo os desafios da proposta, mas enfatizando a necessidade de buscar alternativas para fortalecer as relações comerciais entre os membros do bloco.
A postura crítica de Lula em relação a Israel não é recente. Durante uma visita à França, o presidente já havia classificado as ações israelenses em Gaza como um “genocídio premeditado” e um “massacre de civis”. O governo brasileiro também se manifestou contra a autorização de Israel para a criação de novos assentamentos na Cisjordânia, classificando a decisão como uma “flagrante ilegalidade perante o direito internacional”.
Em maio, Lula já havia expressado sua indignação após um ataque aéreo em Gaza que resultou na morte de nove filhos de uma médica palestina. O presidente classificou o ataque como “vergonhoso e covarde”, reiterando sua condenação à violência contra civis e defendendo uma solução pacífica para o conflito.
Fonte: http://revistaoeste.com