O Itamaraty divulgou nesta segunda-feira o registro da primeira reunião técnica entre Brasil e Estados Unidos para discutir as tarifas impostas a produtos brasileiros. O encontro, que ocorreu em Kuala Lumpur, capital da Malásia, marca o início formal das negociações entre as duas nações.
A reunião contou com a presença de importantes representantes de ambos os governos. Pelo Brasil, participaram o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, e o assessor-chefe adjunto da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais, Audo Faleiro. Os Estados Unidos foram representados pelo representante de comércio (USTR), Jamieson Greer, e pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Segundo comunicado do Itamaraty, o encontro deu seguimento à reunião anterior entre os presidentes Lula da Silva e Donald Trump, também na Malásia. O objetivo principal foi iniciar um diálogo construtivo sobre as medidas tarifárias adotadas pelos EUA.
Como resultado da reunião, ficou acertado que uma comitiva brasileira viajará a Washington na primeira semana de novembro. A delegação deverá ser liderada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (Indústria, Comércio e Serviços) e o chanceler Mauro Vieira. A expectativa é que, após essa visita, o Brasil tenha uma compreensão mais clara das demandas americanas, ainda não formalizadas.
Após a reunião, o presidente Lula expressou otimismo em relação ao futuro das negociações. “Estou convencido de que em poucos dias teremos uma solução definitiva entre os Estados Unidos e o Brasil. Volto para o Brasil satisfeito e certo de que tudo vai dar certo para o povo brasileiro”, afirmou. Lula também mencionou a possibilidade de contato direto com Trump, caso necessário.
Trump também comentou o encontro, enfatizando seu caráter preliminar. “Tivemos uma ótima reunião. Vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fechar um acordo”, disse o presidente americano, ressaltando que, no momento, o Brasil estaria pagando uma tarifa de 50%.
Fonte: http://vistapatria.com.br
