Relatório da ONU aponta que, apesar da redução histórica, metas climáticas não são suficientes para controlar o aquecimento global.

Relatório da ONU destaca que a redução nas emissões até 2030 não será suficiente para atingir as metas climáticas.
Um relatório recente da ONU afirma que, pela primeira vez, as emissões globais devem ser reduzidas até 2030. Embora essa queda seja uma conquista histórica, não será suficiente para reverter o aquecimento global e atingir as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris. O estudo, que analisa as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos países, foi divulgado antes da COP30, que ocorrerá em Belém do Pará entre 10 e 21 de novembro.
Avanços e desafios nas NDCs
O documento ressalta que 88% dos países afirmaram que suas NDCs foram influenciadas pelo Balanço Global (GST), e 89% adotaram metas abrangendo toda a economia. Contudo, a ONU alerta que, mesmo com essas mudanças, a velocidade das ações ainda é insuficiente para limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme recomenda a ciência. Simon Stiell, secretário-executivo da UNFCCC, enfatizou que, apesar do progresso, a trajetória das emissões precisa ser alterada rapidamente.
Projeções e impactos econômicos
O relatório também indica que as emissões globais devem cair cerca de 10% até 2035, e que a ação climática já está gerando benefícios em termos de empregos e investimentos. As energias renováveis superaram o carvão como a principal fonte de energia global em 2025. No entanto, a transição equitativa requer apoio adicional para os países mais vulneráveis aos impactos da crise climática.
Prioridades para a COP30
Para a conferência em Belém, o relatório estabelece três prioridades: reafirmar o compromisso com a cooperação climática, acelerar a implementação de políticas em todos os setores e garantir uma distribuição equitativa dos benefícios da ação climática. O documento conclui alertando que, embora o mundo esteja enfrentando os custos do aquecimento global, também está se aproximando de oportunidades econômicas positivas, o que demanda urgência nas ações climáticas.




