Os Estados Unidos estão considerando impor sanções abrangentes a diversas autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e membros do governo Lula. A medida, ainda não oficializada, poderia ser anunciada na próxima semana, utilizando como base a Lei Magnitsky, legislação americana que visa punir indivíduos envolvidos em corrupção e violações de direitos humanos.
As possíveis sanções incluem o congelamento de bens e ativos nos EUA, restrições ao acesso a serviços bancários e comerciais, além da aplicação de sanções secundárias. Estas últimas poderiam afetar empresas e instituições que mantêm relações comerciais com os indivíduos sancionados, potencialmente pressionando bancos a encerrar contas ligadas aos alvos, sob o risco de sofrerem sanções próprias ou exclusão do sistema financeiro global.
A avaliação de especialistas, como o analista de relações internacionais Lourival Santana, sugere que a medida seria uma resposta à crescente tensão entre Brasília e Washington. Essa tensão teria se intensificado após as punições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil e o debate sobre a regulação das grandes empresas de tecnologia no país.
Internamente, mesmo membros da base governista reconhecem o risco de retaliações severas por parte dos Estados Unidos. Argumentam que a retórica adotada pelo presidente Lula, juntamente com decisões do ministro Alexandre de Moraes, consideradas questionáveis sob a ótica de parâmetros democráticos internacionais, contribuíram para essa situação.
A escalada de tensões também se manifesta em declarações públicas, onde Lula tem dirigido críticas diretas ao ex-presidente Donald Trump. Segundo o Conexão Política, o presidente brasileiro chegou a comparar o republicano a um “nazismo e fascismo com nova cara”, evidenciando o distanciamento entre os governos.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br