O tenente-coronel Mauro Cid, figura central como delator na investigação da suposta trama golpista, cumpre hoje, terça-feira, o prazo final para apresentar suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa de Cid confirmou à Revista Oeste que o documento será submetido ao STF nas próximas horas, encerrando o período de 15 dias concedido para tal.
Após a entrega das alegações finais de Cid, inicia-se um novo prazo de 15 dias para que os demais denunciados no caso apresentem suas próprias defesas. A fase de alegações finais, definida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos, marca o último estágio antes do julgamento que decidirá sobre a condenação ou absolvição dos réus envolvidos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já se manifestou anteriormente, requerendo a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus, identificados como o “núcleo crucial da organização criminosa” que visava a “ruptura democrática”. A PGR também solicitou a condenação de Cid, embora com uma redução de 1/3 da pena.
De acordo com a PGR, a redução da pena de Cid é justificada devido a omissões de informações relevantes e resistência ao cumprimento integral do acordo de delação premiada. “Diante do comportamento contraditório, marcado por omissões e resistência ao cumprimento integral das obrigações pactuadas, entende-se que a redução da pena deva ser fixada em patamar mínimo”, detalha o documento da Procuradoria.
A apresentação das alegações finais de Mauro Cid representa um momento crucial no desenrolar das investigações sobre a suposta trama golpista, aproximando o caso da sua fase decisiva de julgamento no STF. O desfecho deste processo terá importantes implicações para os envolvidos e para o cenário político nacional.
Fonte: http://revistaoeste.com