Argentina flexibiliza regras de reservas bancárias

Mudança visa estimular liquidez e crédito após vitória de Milei

Argentina flexibiliza regras de reservas bancárias
Foto: Agustín Marcarian

O Banco Central da Argentina afrouxou as exigências de reservas dos bancos para aumentar a liquidez e reativar o crédito.

Nesta quinta-feira (19), a Argentina anunciou a flexibilização das exigências de reservas que os bancos comerciais devem manter, com o objetivo de aumentar a liquidez e reativar o crédito após o partido do presidente Javier Milei vencer uma eleição crucial de meio de mandato. O Banco Central permitiu que os bancos cumpram 95% do requisito diário em vez de 100%, conforme revelou um porta-voz da instituição.

Objetivos da mudança nas reservas

A medida foi implementada após meses de pressão do setor bancário, que buscava alívio nas exigências de reservas. Com a nova norma, os bancos terão mais flexibilidade na gestão da liquidez, já que calcular saldos diários exatos é desafiador e a regra anterior levava a manter reservas excessivas para evitar penalidades severas. Este ajuste é o primeiro significativo desde a vitória de Milei.

Reações do setor financeiro

Investidores já antecipavam alterações nas políticas do Banco Central, e o diretor de investimentos do Grit Capital Group, Walter Stoeppelwerth, afirmou que a liquidez está perigosamente apertada. Apesar disso, a reversão dos controles de liquidez está ocorrendo de forma mais lenta do que a rápida elevação dos requisitos nos meses anteriores. Os bancos estavam pleiteando que a conformidade com as reservas fosse mensal, em vez de diária.

Impactos econômicos e próximos passos

Com a flexibilização, mais pesos devem entrar na economia, mas isso pode desestabilizar a moeda. Na quarta-feira, o Tesouro informou que rolou menos de 60% da dívida local vencida em um leilão, indicando que uma nova leva de pesos está prestes a ser injetada no mercado. As taxas de juros sobre ativos em pesos chegaram a níveis elevados antes das eleições, e a atividade bancária tem sido impactada pela desaceleração da economia e pelo aumento da inadimplência.

Notícia feita com informações do portal: www.infomoney.com.br

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