Estudos recentes do Ipardes revelam que indivíduos com 60 anos ou mais já representam 17,6% dos habitantes no estado, totalizando mais de 2 milhões de pessoas. Entre 2010 e 2022, este segmento foi responsável por 70% do crescimento populacional, indicando uma acelerada mudança no perfil demográfico regional.
O IBGE posiciona o território paranaense como o quinto no ranking nacional de envelhecimento, com proporção de 86 idosos para cada 100 menores de 15 anos. Rio Grande do Sul lidera com 115, seguido por Rio de Janeiro (105), Minas Gerais (98) e São Paulo (96). A longevidade média alcança 79,2 anos, sendo 75,8 para homens e 82,6 para mulheres.
Projeções apontam que em 2027 ocorrerá a inversão etária, quando o número de idosos superará o de crianças e adolescentes abaixo de 15 anos. Este marco exige adaptações urgentes na estrutura de serviços públicos, especialmente na área da saúde.
Desde 2019, a Sesa desenvolve o programa Envelhecer com Saúde, priorizando atendimento personalizado para essa faixa etária. A iniciativa engloba prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da Fragilidade Multidimensional, síndrome que afeta cerca de 15% dos brasileiros acima de 65 anos segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria.
Especialistas alertam para a necessidade de ampliar políticas intersetoriais, incluindo mobilidade urbana adaptada, qualificação profissional para cuidadores e revisão do sistema previdenciário. O Conselho Estadual do Idoso destaca que apenas 32% dos municípios possuem conselhos municipais ativos para fiscalizar direitos dessa população.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mostram que 28% dos paranaenses acima de 60 anos vivem sozinhos, enquanto 41% são responsáveis financeiros por seus domicílios – realidade que demanda soluções inovadoras em habitação e proteção social.
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a principal porta de entrada para este cuidado. Somente em 2024, mais de 2 milhões de consultas foram realizadas para pessoas idosas nas unidades de saúde do estado.
O atendimento é conduzido por equipes multiprofissionais que realizam a Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa e elaboram um Plano de Cuidado individualizado, garantindo autonomia e qualidade de vida pelo maior tempo possível.
Entre os instrumentos adotados estão a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa no Paraná e o Sistema de Informação da Pessoa Idosa (SIPI), que facilitam o atendimento, o compartilhamento de informações e o direcionamento de políticas públicas mais assertivas.
O estado também dispõe da Linha de Cuidado do Idoso no Paraná, alinhada às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Década do Envelhecimento Saudável.
Para rastrear riscos e condições que afetam essa população, é aplicado o Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20), ferramenta validada pelo Ministério da Saúde e de fácil aplicação, inclusive por agentes comunitários de saúde. Somente em 2024 mais de 4 mil profissionais da rede estadual foram capacitados para este atendimento especializado. As ações incluem mutirões de saúde, que atenderam cerca de 700 pessoas idosas no último ano.
Outro dado relevante, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), é que 76,3% das pessoas idosas no Paraná não possuem plano de saúde, reforçando o papel essencial do Sistema Único de Saúde (SUS) na garantia de acesso e cuidado.
A Sesa mantém ainda uma importante parceria com a Pastoral da Pessoa Idosa, por meio da qual foram realizados 15 encontros de capacitação para 375 líderes comunitários. Esses voluntários atuam como multiplicadores de conhecimento, levando orientações de saúde diretamente aos lares em diferentes regiões do estado.
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Fonte:Blog do Tupan