Entenda a relação entre radiação e saúde humana

Denúncia sobre casos de câncer em João Pessoa reacende debate sobre antenas de celular e saúde.
Em João Pessoa, na Paraíba, uma denúncia de 2020 sobre 20 casos de câncer supostamente ligados a antenas de telefonia reacendeu discussões sobre a radiação emitida por esses equipamentos. Estudos e especialistas divergem quanto aos potenciais riscos à saúde, levando a população a questionar: viver próximo às antenas de celular faz mal à saúde?
O que dizem os especialistas
O professor Edson Watanabe, da UFRJ, assegura que as antenas estão instaladas em alturas suficientes para minimizar riscos. As torres, que variam entre 15 e 60 metros, não apresentam evidências científicas de perigo. Além disso, a Anatel, em janeiro de 2024, adotou novas diretrizes para garantir a segurança, limitando o acesso a áreas com antenas. Um estudo de 2023 na Espanha corroborou essa visão, não encontrando evidências de riscos à saúde relacionados às antenas.
Efeitos potenciais da radiação
Embora muitos estudos indiquem riscos mínimos à saúde, a American Cancer Society (ACS) recomenda cautela. A entidade destaca que a exposição intensiva a radiofrequências é recente e os efeitos podem levar tempo para se manifestar. Assim, é essencial continuar a investigação sobre possíveis efeitos a longo prazo, mesmo que os níveis de exposição sejam considerados seguros.
Investigação em João Pessoa
O caso que originou a denúncia levou o Ministério Público da Paraíba a investigar possíveis vínculos entre os casos de câncer e as antenas do edifício. As medições de radiação eletromagnética realizadas no local mostraram que os valores estavam dentro dos limites seguros estabelecidos pelas normas brasileiras. Com isso, o inquérito foi arquivado, confirmando que a exposição às antenas não representa risco à saúde dos moradores.




