Associações acreditam em reversão da alíquota de 50% imposta pelos EUA

Entidades do Brasil analisam reabertura de diálogo com os Estados Unidos para reavaliar tarifas sobre exportações

Associações acreditam em reversão da alíquota de 50% imposta pelos EUA
Cafés brasileiros enfrentam tarifação nos EUA. Foto: Joel Silva

Entidades brasileiras esperam reavaliação das tarifas de 50% impostas pelos EUA, impactando setores como café e carne.

Entidades que representam setores brasileiros afetados pela tarifação de Donald Trump avaliam que a reabertura de diálogo entre os Estados Unidos e o Brasil é uma oportunidade positiva para reavaliar as alíquotas. Inicialmente, os EUA impuseram uma tarifa de 10% a todos os produtos brasileiros, que posteriormente foi elevada em 40%, resultando em uma alíquota final de 50%.

Impactos no setor de café

No caso do café, que é amplamente consumido nos EUA, a Associação Brasileira do Café (Abic) defende a revisão das tarifas. As exportações de café do Brasil para os EUA caíram 53% em setembro de 2025, totalizando 333 mil sacas, segundo o Conselho Nacional dos Exportadores de Café (Cecafé). Apesar disso, os EUA continuam sendo o maior comprador do café brasileiro, com importações de 4,361 milhões de sacas entre janeiro e setembro de 2025.

Expectativas das associações

Pavel Cardoso, presidente da Abic, expressou otimismo em relação aos últimos encontros entre os presidentes dos dois países, afirmando que as relações de longo prazo permitirão uma reavaliação equilibrada das tarifas. A Abiec também avaliou positivamente a disposição dos governos para discutir tarifas sobre a carne bovina brasileira. O Brasil, maior exportador do produto, registrou recorde de vendas ao exterior em setembro, com 352 mil toneladas exportadas.

Desafios e oportunidades

Embora as tarifas tenham gerado desafios, a Abiec notou um aumento de 64,6% nas vendas de carne bovina aos EUA em comparação com 2024. Fernando Valente Pimentel, da Abit, mantém uma visão cautelosa, mas positiva, sobre os resultados futuros das negociações. Ele acredita que um acordo não deve demorar e que a normalização do relacionamento comercial é possível.

As entidades destacam a relevância do histórico de parcerias entre Brasil e EUA para resolver essas questões e garantir a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Notícia feita com informações do portal: www.infomoney.com.br

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