Estudo inova na transmissão de sinais quânticos via satélites

Pesquisadores da UTS demonstraram a viabilidade do envio de sinais quânticos da Terra para satélites, um avanço significativo para comunicações quânticas.
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS), na Austrália, demonstraram que é viável enviar sinais quânticos da Terra para um satélite, um feito anteriormente considerado impossível. Essa inovação pode revolucionar as comunicações quânticas via satélite, que até então se baseavam no envio de partículas entrelaçadas do espaço para estações terrestres, como evidenciado pelo estudo recente publicado na revista Physical Review Research.
Detalhes do estudo e seus impactos
Conduzido pelos professores Simon Devitt e Alexander Solntsev, o estudo revela que a comunicação quântica pode ser expandida com o envio de partículas quânticas da Terra para o espaço, conhecido como uplink. Até agora, essa abordagem não era considerada viável devido a desafios como perda de sinal e interferência. Os pesquisadores realizaram simulações que mostraram que, surpreendentemente, o uplink é uma possibilidade real, considerando fatores como luz ambiente da Terra e reflexos solares.
O futuro da comunicação quântica
O professor Devitt explicou que a ideia é disparar duas partículas individuais de luz de estações terrestres separadas em direção a um satélite em órbita, localizado a 500 quilômetros da Terra. Essa abordagem pode facilitar redes quânticas intercontinentais, abrindo novas perspectivas para a comunicação em alta velocidade. Além disso, Devitt destacou que a descoberta tem implicações que vão além da criptografia, sugerindo que a internet quântica pode conectar computadores quânticos de maneira eficiente, utilizando menos recursos e reduzindo custos.
Conclusão
O projeto envolveu especialistas em diversas áreas da UTS, evidenciando como a colaboração interdisciplinar pode impulsionar inovações significativas para desafios tecnológicos. Com a possibilidade de testar essa nova metodologia em breve, as expectativas sobre o futuro das comunicações quânticas são promissoras.




