Presidente do BC destaca a importância de informações para decisões sobre a taxa de juros

Gabriel Galípolo afirma que o BC não sinalizou sobre futuras decisões e que dependerá de dados.
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, declarou nesta quarta-feira (7) que a instituição não apresentou qualquer sinalização sobre suas futuras decisões relacionadas à taxa de juros. Em coletiva de imprensa realizada em São Paulo, Galípolo ressaltou que a política monetária continuará a ser guiada por dados econômicos.
Importância da meta de inflação para o BC
O presidente do BC enfatizou que, apesar das especulações de mercado, a autarquia tem um mandato claro: perseguir a meta de inflação de 3%. Ele afirmou que “todo mundo pode fazer a aposta que quiser”, mas o Banco Central manterá sua postura de transparência nas reações aos dados que recebe. “Se você entendeu que alguma questão da nossa comunicação foi um sinal sobre o que o Banco Central pode vir a fazer no futuro, você entendeu errado”, reiterou Galípolo.
Pressões e desafios na comunicação do BC
Na coletiva, Galípolo também respondeu a comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a necessidade de cortes na taxa de juros. Ele ressaltou que a manutenção da Selic em 15% ao ano é uma medida para atingir a meta de inflação, desconsiderando pressões externas. “(Haddad) é um querido amigo e tem todo o direito de fazer qualquer tipo de comentário”, disse, mas reforçou que a instituição respeita seu comando legal, que é definido pelo Conselho Monetário Nacional.
A postura do BC em ambientes de incerteza
O presidente do Banco Central argumentou que em contextos de elevada incerteza, como o atual, a política monetária exige uma postura dependente de dados. Segundo Galípolo, essa estratégia é eficaz e já começa a mostrar resultados, embora de forma lenta. Ele mencionou uma diminuição dos riscos relacionados à possibilidade de que a política de juros não conseguisse controlar a inflação.
Vigilância diante das expectativas de mercado
Além disso, Galípolo expressou preocupação com a desancoragem das expectativas de mercado em relação à inflação. Ele afirmou que esse é um fator que requer vigilância por parte da diretoria do Banco Central. Segundo ele, a autarquia está atenta para garantir que as expectativas estejam alinhadas com a meta inflacionária estabelecida.
Conclusão
O Banco Central, sob a liderança de Galípolo, continua a priorizar a meta de inflação em suas decisões, reiterando que a comunicação clara e a dependência de dados são fundamentais para a condução da política monetária. A interação com as expectativas de mercado e a resposta a um ambiente econômico desafiador permanecem entre as principais preocupações da autarquia.
Fonte: www.infomoney.com.br
Fonte: Adriano Machado




