O ministro Luís Roberto Barroso encerra nesta sexta-feira (17) sua trajetória no Supremo Tribunal Federal (STF). A aposentadoria foi oficializada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU). Barroso, que antecipou sua saída, ocupava a cadeira desde 2013, indicado pela então presidente Dilma Rousseff, e poderia permanecer no cargo até 2033.
Na quarta-feira (15), um mal-estar súbito levou Barroso ao Hospital Sírio Libanês em Brasília, após uma queda de pressão. Submetido a exames, o ministro recebeu alta no dia seguinte. Agora, com a vaga em aberto, Lula inicia a busca por um substituto, com nomes como o do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entre os mais cotados.
A escolha do sucessor de Barroso tem gerado debates. Lula se reuniu com ministros do STF para discutir a sucessão, porém, parte dos magistrados demonstra discordância em relação à preferência do presidente por Jorge Messias. A ministra Cármen Lúcia, única mulher na Corte, aproveitou a discussão para defender a importância da presença feminina no STF.
“Todos sabem minha posição sobre mulheres no STF”, declarou Cármen Lúcia durante evento na USP, ressaltando a relevância da representação feminina em todas as esferas da sociedade. Suas declarações ecoam um movimento crescente dentro do Judiciário e da sociedade civil que clama pela indicação de uma mulher para a vaga. O próprio Barroso já manifestou apoio à ideia, afirmando que “veria com gosto” uma sucessora.
Com a aposentadoria de Barroso, a expectativa se volta para a decisão de Lula, que precisa equilibrar as pressões políticas, as diferentes visões dentro do STF e o crescente clamor por uma maior representatividade de gênero na mais alta corte do país.
Fonte: http://jovempan.com.br