Ministro destaca a responsabilidade das nações desenvolvidas em relação ao aquecimento global durante a conferência

Guilherme Boulos cobra apoio financeiro de países ricos na COP30 e defende Lula em críticas a Trump.
Na COP30, realizada em Belém, no dia 10 de novembro, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, afirmou que os países mais ricos devem aumentar os investimentos em mecanismos de financiamento climático. A declaração veio durante uma entrevista, na qual Boulos também defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que abriu a conferência com críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O Brasil lançou durante a Cúpula do Clima o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que recebeu US$ 5,5 bilhões. O objetivo do fundo é incentivar os países que possuem florestas a preservá-las, oferecendo compensações financeiras que tornem a conservação mais atrativa do que a exploração. Boulos enfatizou: “Os países ricos não estão fazendo uma doação, eles estão fazendo uma reparação, e ainda muito insuficiente.”
O ministro lembrou que o aumento da temperatura da Terra em 1,5°C é resultado das emissões de carbono dos países desenvolvidos, que historicamente utilizaram combustíveis fósseis. Ele criticou a falta de compromissos concretos por parte de nações como Alemanha, que não anunciaram novos aportes durante a Cúpula, apesar de se posicionarem como defensoras da agenda climática.
Responsabilidade dos países desenvolvidos
Boulos apontou que o Brasil já se destaca por ter uma matriz energética majoritariamente limpa e renovável, em contraste com os modelos energéticos de países como os EUA e da Europa, que dependem de carvão e petróleo. “O Brasil já é o país com a energia mais limpa do mundo”, afirmou. Ele ressaltou que é responsabilidade dos países ricos assumir sua parte na solução do problema que ajudaram a criar.
Em relação ao discurso de Lula sobre os EUA, Boulos se posicionou a favor do presidente brasileiro. Ele comentou sobre a recente aproximação entre os dois países, destacando que isso não significa subordinação. “Negociar e se aproximar não quer dizer se ajoelhar”, disse, referindo-se às críticas de Trump ao Brasil. Boulos destacou que a soberania deve ser respeitada nas negociações.
Desafios e prioridades do governo
O ministro também abordou as pautas do governo para o restante do ano, mencionando a importância das discussões em torno do pacote antifacção e do Orçamento do próximo ano, que precisa ser aprovado antes do recesso. Ele criticou a falta de atenção do Congresso a questões que afetam diretamente os trabalhadores, como a taxação de grandes fortunas, e chamou a atenção para a agenda de investimentos em áreas como meio ambiente, educação e saúde.
Boulos encerrou sua fala reiterando a necessidade de uma abordagem responsável e consciente em relação ao clima, reforçando que as políticas públicas devem priorizar o bem-estar da população e do planeta. “Vamos falar de questão fiscal cobrando a responsabilidade de bilionário, banqueiro e bet”, concluiu.
A COP30 continua a ser um espaço essencial para discussões sobre o futuro do clima e a responsabilidade global em face das mudanças climáticas, com a expectativa de que novas ações concretas sejam anunciadas nos próximos dias.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: m colorida de Deputado Federal Guilherme Boulos (PSol




