Bradesco: CEO expressa otimismo moderado para 2026

Marcelo Noronha destaca controle do desemprego e expectativa de crescimento no crédito

Bradesco: CEO expressa otimismo moderado para 2026
Logo do Bradesco. Foto: Logo do Bradesco 01

Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, revela otimismo em relação a 2026, citando controle do desemprego e crescimento do crédito.

CEO do Bradesco expressa otimismo moderado para 2026

O presidente-executivo do Bradesco, Marcelo Noronha, afirmou nesta terça-feira (2) em evento em São Paulo que está um “pouquinho mais otimista” em relação a 2026. O executivo destacou o controle do desemprego no Brasil, que atualmente está em torno de 6%, e o crescimento da massa salarial, fatores que podem contribuir para um ambiente econômico mais favorável.

Noronha também projetou um crescimento do crédito para 2026, estimando que este pode chegar a 7%, superando a previsão anterior de 6%. Essa expectativa é respaldada pela análise do cenário econômico em que o Brasil se encontra, com uma recuperação gradual e uma maior confiança dos consumidores e investidores.

Desafios e a Política Fiscal

Embora tenha expressado otimismo, Noronha enfatizou a necessidade de atenção à política fiscal do país. “Não dá para você ter uma relação dívida/PIB crescente”, afirmou, ressaltando que a estabilidade fiscal é crucial para sustentar qualquer crescimento econômico a longo prazo. Ele citou que 2026 será um ano eleitoral, o que também deve ser considerado nas análises de mercado.

Liquidação do Banco Master

Durante o evento, Noronha evitou fazer comentários sobre a liquidação do Banco Master, ocorrida no mês passado. Esse tema é delicado, visto que o Bradesco é um dos principais contribuintes do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que deve lidar com os reflexos dessa liquidação. “É algo que vamos ter que ver quando houver alguma formalização”, disse ele, em resposta a perguntas sobre o assunto.

Noronha também mencionou que mudanças nas regras do FGC podem ser necessárias para evitar problemas futuros, mas que tais decisões cabem aos reguladores.

O Impacto do FGC

O Banco Master, que cresceu rapidamente nos últimos anos com uma estratégia agressiva de financiamento, utilizava dívidas de alto rendimento como parte de sua estrutura. Esses títulos foram promovidos como sendo cobertos pelo FGC. Após a decretação da liquidação, o FGC avaliou que teria que pagar cerca de R$ 41 bilhões em garantias aos credores do banco.

Até setembro, o patrimônio do FGC era de R$ 160 bilhões, dos quais R$ 122 bilhões eram recursos líquidos disponíveis. O diretor executivo do FGC, Daniel Lima, afirmou que a maioria dos investidores brasileiros está abaixo do limite de R$ 250 mil, e o prazo médio para o início dos pagamentos é de 30 dias.

Conclusão

As declarações de Marcelo Noronha refletem um equilíbrio entre o otimismo em relação ao crescimento econômico e a cautela necessária diante de desafios fiscais e regulatórios. O cenário para 2026, embora promissor, requer vigilância e adaptação às condições em constante mudança.

Fonte: www.infomoney.com.br

Fonte: Logo do Bradesco 01

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