Brasil Atrai US$2,25 Bilhões com Títulos Sustentáveis em Nova Captação Internacional

O Tesouro Nacional concretizou uma significativa operação no mercado internacional, captando US$2,25 bilhões por meio da emissão de títulos soberanos sustentáveis. A iniciativa, realizada nos Estados Unidos, envolveu a criação de um novo título com vencimento em sete anos, o Global 2033 Sustentável, e a reabertura do título Global 2035, já existente. A operação demonstra a crescente relevância dos investimentos com critérios ESG (ambiental, social e de governança) no cenário global.

O novo título, Global 2033 Sustentável, totalizou US$1,5 bilhão, com uma taxa de juros de 5,75% ao ano, pagos semestralmente. Os recursos obtidos serão direcionados a projetos sociais e ambientais, seguindo o Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis. A alocação dos recursos seguirá uma divisão estimada entre 50% e 60% para gastos ambientais e 40% a 50% para despesas sociais, conforme detalhado no Relatório Pré-Emissão de agosto de 2025.

Além do novo título, o governo expandiu em US$750 milhões o volume do Global 2035, lançado em fevereiro. Com essa ampliação, o montante total do título em circulação atinge US$4,5 bilhões. O Global 2035 tem vencimento em março de 2035 e oferece juros de 6,2% ao ano, com um spread de 210,9 pontos-base sobre os títulos de dez anos do Tesouro dos EUA.

A demanda pela emissão superou em cerca de três vezes o volume ofertado, alcançando aproximadamente US$6,7 bilhões. Mais de 150 investidores participaram da operação, com 74% da alocação final destinada a investidores da Europa e da América do Norte, incluindo fundos focados em critérios ESG. Segundo o Tesouro Nacional, o spread (prêmio de risco) foi considerado historicamente baixo, refletindo a confiança do mercado na solidez fiscal do país.

A operação foi coordenada pelos bancos Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs, e a liquidação financeira está agendada para 14 de novembro, quando os recursos serão incorporados às reservas internacionais do Brasil. O Tesouro Nacional enfatizou que a emissão fortalece a base de investidores, alonga o prazo médio da dívida pública federal e estabelece referências para futuras emissões corporativas brasileiras no exterior.

Fonte: http://jovempan.com.br

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