O país ocupa a 53ª posição em 2025, com destaque em tecnologia

O Brasil subiu quatro posições e alcançou o 53º lugar no ranking de competitividade digital de 2025, segundo o IMD.
Brasil avança no ranking de competitividade digital
Em 4 de novembro de 2025, o Brasil avançou quatro posições e agora ocupa o 53º lugar no Ranking de Competitividade Digital de 2025, elaborado pela escola de negócios suíça IMD (Institute for Management Development). Este ranking avalia a capacidade dos países em adotar e desenvolver novas tecnologias, com a Suíça, Estados Unidos e Cingapura liderando as primeiras colocações.
Destaques do Brasil no ranking
Após um período de estagnação em 2023 e 2024, o Brasil apresentou avanços significativos em várias áreas. O país ocupa a 9ª posição global na produção de pesquisas científicas e se destacou no investimento em inteligência artificial. Além disso, a adoção de robôs em educação e a crescente utilização de serviços públicos digitais pela população foram pontos positivos que contribuíram para essa melhora. Com essas conquistas, o Brasil superou países como África do Sul, Eslováquia, Bulgária e Turquia, que estavam à sua frente no ranking anterior.
Desafios a serem enfrentados
Apesar dos avanços, o relatório revela que o Brasil ainda enfrenta desafios importantes. As fragilidades na integração entre universidades, empresas e o setor público, além do financiamento à inovação e a dificuldade em atrair profissionais estrangeiros qualificados, continuam a ser obstáculos para o progresso. Pesquisadores da Fundação Dom Cabral (FDC), que colaboram com o IMD, destacam a necessidade de reformas estruturais e maior coordenação entre governo, empresas e instituições de ensino para fomentar um ambiente mais inovador.
O impacto da economia na tecnologia
Hugo Tadeu, diretor do núcleo de inovação da FDC, apontou que o cenário econômico ainda representa um desafio para o avanço tecnológico. Segundo ele, “juros acima de 15% são um desafio para as empresas brasileiras e estrangeiras na expansão e acesso às tecnologias”. Além disso, a escassez de profissionais técnicos é uma preocupação, já que a maioria dos mestres e doutores no Brasil se forma em ciências sociais, enquanto o país necessita de mais engenheiros e especialistas em ciência da computação.
Conclusão
A edição de 2025 do ranking avaliou 69 economias, com a Venezuela ocupando a última posição. Apesar da melhora, o Brasil ainda está entre os 17 países menos competitivos na adoção de novas tecnologias. O Chile, em 43º lugar, é o país mais bem posicionado da América do Sul.

