Brasil e Argentina formalizam protocolo para exportação de aves

Entenda como a nova regionalização afetará o comércio bilateral

Brasil e Argentina formalizam protocolo para exportação de aves
Foto: Divulgação

Brasil e Argentina assinaram protocolo que facilita a exportação de aves, permitindo regionalização em caso de surtos sanitários.

Em Brasília, no dia 7 de outubro, Brasil e Argentina assinaram um protocolo de reconhecimento mútuo de seus sistemas oficiais de zoonificação e compartimentação para Influenza Aviária de Alta Patogenicidade e Doença de Newcastle. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que destacou que a avaliação técnica concluiu que o sistema brasileiro possui garantias sanitárias equivalentes ao da Argentina.

O novo protocolo permitirá a regionalização em casos de surtos sanitários. Em caso de um foco de doença, será aplicada uma zona de restrição de 10 km ao redor do evento, enquanto as áreas fora dessa zona permanecerão abertas ao comércio bilateral. Essa medida visa mitigar os impactos econômicos de eventuais surtos, permitindo que regiões não afetadas continuem a exportar.

O ministro Fávaro lembrou que o pleito brasileiro foi apresentado à Argentina em setembro, quando solicitou ao secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Sergio Iraeta, a adoção de um protocolo para o comércio de carne de frango. A regionalização é um passo importante, pois permite que, em casos de surtos da Doença de Newcastle ou Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, os embargos comerciais sejam restritos apenas às áreas afetadas, seja município ou Estado.

Neste ano, as exportações de frango brasileiro para a Argentina foram suspensas entre 16 de maio e 4 de julho, devido a um caso de gripe aviária registrado em uma granja em Montenegro, no Rio Grande do Sul. O protocolo acordado entre os países prevê que, em situações similares, as restrições sejam limitadas, evitando assim o fechamento total do comércio.

A formalização deste protocolo representa um avanço significativo nas relações comerciais entre Brasil e Argentina, especialmente em um setor tão importante como o de aves. A expectativa é que, com a implementação dessas medidas, o comércio bilateral se torne mais robusto e resiliente frente a crises sanitárias.

Além disso, a regionalização pode servir como um modelo para futuras negociações entre os países do Mercosul e outros parceiros comerciais. Assim, a colaboração entre Brasil e Argentina não apenas beneficia os dois países, mas também pode oferecer insights valiosos para a gestão da saúde animal em toda a região.

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