A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta quarta-feira (1º), uma reformulação completa do calendário nacional do futebol, com mudanças significativas que entrarão em vigor a partir de 2026. As alterações visam otimizar a distribuição de jogos, reduzir a sobrecarga dos clubes da elite e oferecer mais oportunidades para equipes com menor calendário anual.
O presidente da CBF, Samir Xaud, enfatizou o caráter transformador das mudanças, descrevendo-as como “mudanças profundas e necessárias”. O objetivo principal é equilibrar a carga de jogos para os clubes da Série A, ao mesmo tempo em que se expande o acesso e a participação de equipes de menor porte no cenário nacional.
Uma das principais novidades é a antecipação do início do Campeonato Brasileiro para o final de janeiro, com término previsto para dezembro. Essa mudança estratégica considera as paralisações do futebol nacional devido a grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2026 e a Copa América de 2028.
A Copa do Brasil também passará por uma expansão notável, saltando de 92 para 126 clubes inicialmente, e chegando a 128 em 2027. O torneio será estruturado em nove fases, com a entrada dos clubes da Série A a partir da quinta fase. Além disso, as cinco primeiras fases e a final serão disputadas em jogo único, esta última em campo neutro.
Os campeonatos estaduais terão sua duração reduzida, com um limite de 11 datas entre janeiro e março. Essa medida atende às demandas dos clubes da elite, que frequentemente manifestavam preocupação com a concentração excessiva de jogos no início da temporada. Paralelamente, novas competições regionais, como a Copa Sul-Sudeste, serão implementadas para preencher o calendário entre março e junho.
A Série C também passará por um processo gradual de expansão, atingindo 28 clubes em 2028, divididos em dois grupos de 14. Já a Série D terá um aumento imediato de 64 para 96 clubes, proporcionando mais oportunidades de jogo e calendário estendido para equipes com menor poder de investimento.
A CBF também anunciou avanços em áreas cruciais para o desenvolvimento do futebol brasileiro. Estão previstos a implementação de novas regras de Fair Play Financeiro, estudos para a adoção do impedimento semiautomático e a criação de centros de desenvolvimento para categorias de base e árbitros em todo o país.
De acordo com a CBF, o novo calendário representa impactos diretos e significativos em toda a estrutura do futebol brasileiro. A entidade destaca um aumento de 26% no número de clubes com divisão nacional em 2026, a criação de 82 novas vagas em competições organizadas pela CBF e a participação de 27 federações em torneios regionais. Além disso, clubes da Série A podem ter uma redução de até 15% no número de partidas por temporada e um investimento previsto de R$ 1,3 bilhão em competições em 2026.
Fonte: http://ric.com.br
