CCJ do Paraná Analisa Projetos para Modernizar Gestão de Universidades, Hospitais e Administração Estadual

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) deu início à análise de um pacote de projetos de lei do Poder Executivo, nesta terça-feira (18). As propostas visam modernizar a gestão pública, com foco nas áreas de saúde, educação superior e organização administrativa do estado. Entre os temas em destaque, a reestruturação da governança de hospitais universitários e a otimização da estrutura de cargos e funções nas instituições de ensino superior.

Um dos projetos, o PL 1079/2025, busca aprimorar a gestão dos Hospitais Universitários Estaduais, alinhando-os às diretrizes do SUS e às políticas estaduais. A proposta também ajusta as regras dos Plantões Docentes, buscando maior agilidade e eficiência no atendimento à população. Segundo o Governo, as mudanças visam “garantir cobertura contínua dos serviços prestados e assegurar que a comunidade seja assistida de forma qualificada”.

O PL 1080/2025 estabelece novos níveis de governança para as Instituições Estaduais de Ensino Superior, com o objetivo de compatibilizar unidades administrativas, cargos e funções acadêmicas. O projeto também prevê a atualização da Gratificação de Responsabilidade Acadêmica (GRA) e dos valores pagos a cargos de direção, visando a valorização dos profissionais e a melhoria da gestão administrativa. Os deputados Renato Freitas (PT) e Fabio Oliveira (PODE) solicitaram vista destas propostas.

Ainda na pauta, o PL 1081/2025, que altera a Lei nº 21.352/2023, foi aprovado, incorporando a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) à estrutura da Governadoria. O Governo argumenta que a medida fortalecerá a articulação do eixo central do Poder Executivo, aprimorando a governança fiscal e a integração de decisões estratégicas. Os ajustes, aliados à criação de cargos comissionados, visam conferir mais eficiência e capacidade de resposta às demandas prioritárias.

A CCJ também analisou diversos projetos de lei que tratam da doação de imóveis para municípios paranaenses, com foco na área da saúde e em serviços sociais. As propostas visam a instalação de Unidades de Atenção Primária à Saúde da Família (UAPS), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), além da modernização de centros de acolhimento e da instalação de estruturas administrativas. Outras propostas visam alterações em legislações anteriores para permitir novas destinações de imóveis já doados.

Em outra frente, o Projeto de Lei 941/2025, que cria a Diretoria de Orçamento no quadro de pessoal comissionado do Poder Legislativo, avançou com emenda. O objetivo é aperfeiçoar a estrutura administrativa da Alep. As emendas ao Projeto de Lei 272/2025, que visam aumentar a transparência de entidades que recebem recursos públicos, também foram analisadas, com o objetivo de estabelecer critérios objetivos de controle público.

Outras propostas em pauta incluíram o reconhecimento do Holodomor como genocídio contra o povo ucraniano, o reconhecimento formal da Comunidade Menonita da Colônia Witmarsum como Povo e Território Tradicional do Paraná, e a proibição da hormonoterapia para transição de gênero em menores de idade. Este último projeto, o PL 24/2023, gerou debate, com o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) argumentando que a competência é do Ministério da Saúde e do CFM, que já proibiram a hormonoterapia em menores de 18 anos.

Por fim, a CCJ aprovou projetos que concedem título de utilidade pública a diversas entidades paranaenses, reconhecendo o trabalho social e comunitário realizado por essas organizações em diferentes áreas. As propostas abrangem entidades de Curitiba, Maringá, Foz do Iguaçu, Santo Antônio da Platina, Guaratuba, Roncador, Tomazina, Prudentópolis, Astorga, entre outras cidades.

Fonte: http://www.assembleia.pr.leg.br

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