Um confronto armado entre a Polícia Militar e um grupo suspeito de integrar o Comando Vermelho (CV) resultou na morte de sete indivíduos nesta sexta-feira, 31, no município de Canindé, Ceará. A ação policial ocorreu no bairro Campinas, área conhecida pela disputa entre facções rivais. Durante a operação, as autoridades apreenderam um arsenal composto por um fuzil, pistolas, revólveres e granadas, evidenciando o poder de fogo do grupo.
Segundo informações da polícia, um veículo com outros membros da facção conseguiu escapar durante o confronto. A operação mobilizou diversas equipes especializadas, incluindo as Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (Raio), a Força Tática e o Batalhão Especializado de Policiamento do Interior/Comando Tático Rural (Bepi/Cotar), demonstrando a complexidade e o risco da ação.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), manifestou-se sobre o caso através das redes sociais, elogiando a atuação da Polícia Militar. “Nenhum policial morto. Nenhum inocente alvejado. A população protegida. Parabéns à nossa Polícia Militar do Ceará!”, escreveu o governador em sua conta no X (antigo Twitter), ressaltando o sucesso da operação em evitar vítimas entre policiais e civis.
De acordo com o governador, a disputa pelo controle territorial no estado é travada por sete facções criminosas, que buscam monopolizar o tráfico de drogas e outros serviços ilícitos, como a oferta ilegal de internet. Dados do governo estadual e do Mapa da Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam que essa rivalidade entre grupos é responsável por cerca de 90% dos homicídios registrados no Ceará.
Ainda segundo levantamentos oficiais, o estado registrou 3.178 homicídios dolosos em 2024, um aumento de 9,85% em relação aos 2.893 casos contabilizados no ano anterior. A violência também se manifesta na extorsão de comerciantes e ambulantes, com a imposição de “pedágios” para a continuidade de suas atividades, como exemplificado pelo assassinato de um vendedor de churrasco que se recusou a pagar uma taxa exigida por um grupo criminoso.
A Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou que as investigações seguem em andamento, visando identificar os demais integrantes da quadrilha que conseguiram fugir e rastrear a origem das armas apreendidas. O caso reforça a complexidade do cenário da segurança pública no estado e a necessidade de ações contínuas para combater o crime organizado.
Fonte: http://vistapatria.com.br
