Medidas visam facilitar negociações, mas custo da soja ainda é um obstáculo

Pequim suspende tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA, mas a soja continua com alta taxa de 13%.
China suspende tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA
Nesta quarta-feira, 30 de outubro de 2023, em Pequim, a China anunciou a suspensão de tarifas retaliatórias sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, após a reunião da semana passada entre os presidentes Trump e Xi Jinping. No entanto, a soja continua a enfrentar uma tarifa de 13%, o que torna os embarques dos EUA menos competitivos em relação às opções brasileiras.
Impacto nas relações comerciais
As tarifas de até 15% sobre determinados produtos agrícolas dos EUA serão removidas a partir de 10 de novembro. Apesar disso, a taxa de 13% sobre a soja ainda pesa sobre os compradores chineses, dificultando a recuperação da demanda por este produto. Os operadores indicam que, mesmo após a reunião, o Brasil ainda se apresenta como uma opção mais barata para os importadores chineses.
Expectativas de compras futuras
Após a conversa entre os líderes, a Casa Branca informou que a China se comprometeu a comprar pelo menos 12 milhões de toneladas métricas de soja dos EUA nos últimos dois meses de 2025 e 25 milhões de toneladas anualmente nos próximos três anos. Contudo, esses números ainda não foram confirmados por Pequim, e os operadores permanecem atentos aos sinais de novas compras em grande escala.
Concorrência com a soja brasileira
Recentemente, compradores chineses adquiriram 20 cargas de soja brasileira, atraídos por preços mais baixos. A soja brasileira para embarque em dezembro está cotada com um prêmio de US$2,25 a US$2,30 sobre o contrato SF26 de janeiro em Chicago, enquanto a soja dos EUA é oferecida por US$2,40 por bushel. Essa diferença de preços reforça a desvantagem competitiva que a soja dos EUA enfrenta no mercado chinês.
Notícia feita com informações do portal: www.infomoney.com.br




