Estudo revela aumento do risco com o uso de vapes

Uso de cigarros eletrônicos e convencionais aumenta risco de diabetes, revela estudo da Universidade da Geórgia.
Cigarros eletrônicos e diabetes
Fumar faz mal à saúde. E isso independe de qual tipo de cigarro é utilizado. Segundo um novo estudo, tanto o uso do cigarro convencional quanto o do eletrônico, conhecido como vape, aumentam o risco de desenvolver pré-diabetes e diabetes. Os pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, identificaram que o uso de cigarros eletrônicos foi associado a um aumento de 7% no risco de pré-diabetes, enquanto o cigarro convencional elevou esse risco para 15%.
A combinação dos produtos
Por outro lado, o uso combinado dos dois produtos aumentou a chance de desenvolver a doença em 28%. Segundo os pesquisadores, o hábito de “vaporizar” pode estar ligado a 7 mil novos casos de pré-diabetes por ano nos EUA. Além disso, tanto fumantes quanto usuários de cigarros eletrônicos apresentaram maior chance de receber diagnóstico de diabetes em geral: 7% e 9% de aumento, respectivamente.
Preocupações com o aumento do uso
A conclusão do estudo é que, ao contrário da imagem de alternativa mais segura, os vapes também podem impactar a saúde metabólica, elevando o risco de doenças crônicas. Esse cenário é preocupante, especialmente devido ao aumento do consumo destes produtos. No Brasil, um levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apontou que o uso de cigarro eletrônico é uma realidade entre um a cada nove adolescentes, sendo avaliadas respostas de 16 mil pessoas de 14 anos ou mais, de todas as regiões do país.
Proibição e consumo clandestino
Lembrando que a comercialização e o uso dos vapes no Brasil é proibida desde 2009 pela Anvisa, que revisou estudos que comprovam que esses dispositivos não ajudam na redução do consumo de nicotina, mas estimulam o tabagismo, inclusive entre jovens. Ainda assim, a venda ocorre clandestinamente.