Fenômenos observados em outubro de 2025 trazem novas informações sobre a dinâmica lunar
Dois clarões impactaram a Lua, visíveis da Terra, em outubro de 2025, revelando novas informações sobre a frequência de impactos lunares.
Na quinta-feira (30 de outubro) e no sábado (1º de novembro) de 2025, clarões na Lua foram registrados por um astrônomo amador no Japão, resultando de impactos de asteroides que podem ter atingido velocidades de até 96.560 km/h. Esses fenômenos, observados a partir da Terra, liberaram energia equivalente a explosivos convencionais, sendo documentados por Daichi Fujii, curador do Museu da Cidade de Hiratsuka.
Observações e confirmações
O primeiro clarão ocorreu a leste da cratera Gassendi, enquanto o segundo foi registrado a oeste do Oceanus Procellarum. A confirmação de que esses eventos foram impactos reais foi obtida através de observações simultâneas por múltiplos telescópios, o que afastou a possibilidade de interferências de raios cósmicos. Juan Luis Cano, engenheiro da Agência Espacial Europeia, afirmou que ambos os clarões parecem estar acima da média em termos de tamanho.
Implicações para a ciência
Esses registros são fundamentais para que astrônomos possam refinar as estimativas sobre a frequência de impactos de asteroides na Lua, um dado importante para avaliar riscos semelhantes na Terra. Fujii sugere que os objetos podem ter origem na chuva de meteoros Taurídeos, que é associada ao Cometa Encke. A compreensão da frequência e da energia desses impactos é vital para o planejamento de futuras bases lunares.
Contexto atual das agências espaciais
Embora a NASA não tenha comentado os eventos devido à falta de verba, seus observatórios de defesa planetária continuam operando. Por outro lado, a ESA não conseguiu registrar os fenômenos devido à claridade na Europa durante os impactos. Os eventos reforçam a ideia de que a Lua é um corpo celeste dinâmico e sujeito a bombardeamentos constantes, servindo como importante laboratório natural para o estudo de impactos e para os desafios da exploração humana no espaço.
