A secretária e deputada estadual Márcia Huçulak (PSD) defendeu, nesta terça-feira, a necessidade urgente de ampliar o debate e o acesso à informação sobre o climatério. O objetivo é aprimorar as políticas públicas voltadas para essa fase crucial da vida da mulher. A parlamentar ressaltou que o tema ainda é tratado como tabu em muitos setores da sociedade.
“É um assunto ainda tabu para muitas mulheres”, afirmou Márcia durante a abertura da audiência pública “A Saúde da Mulher no Climatério”, promovida pela Bancada Feminina da Assembleia Legislativa. Ela enfatizou a importância de dar visibilidade ao tema, buscando maior conscientização e apoio para as mulheres que vivenciam essa transição. “Por isso é importante que falemos sobre o tema, é preciso que haja eco na sociedade.”
A deputada criticou a persistência de uma visão limitada da mulher, frequentemente restrita ao seu papel reprodutivo. Ela argumenta que é fundamental reconhecer e atender às necessidades das mulheres após esse período. “As mulheres não são descartáveis depois do período reprodutivo. Há muitos pontos que merecem atenção”, declarou.
O climatério, período de transição entre a fase reprodutiva e não reprodutiva, geralmente ocorre entre os 40 e 65 anos, com maior incidência entre os 45 e 55 anos. As mudanças hormonais características dessa fase podem gerar impactos significativos na saúde física, mental e emocional, comprometendo a qualidade de vida da mulher. A menopausa, que marca o fim da menstruação, é uma etapa dentro desse processo.
Huçulak também defendeu a ampliação dos estudos sobre o climatério nos cursos de formação em saúde no Paraná, considerando a oferta ainda limitada dessa disciplina. Para reforçar a importância do tema, a Alep aprovou em junho a Lei do Climatério (22.478/2025), que estabelece o climatério como prioridade na saúde do estado, garantindo assistência adequada para as mulheres nessa fase da vida.