O patrocínio da Coca-Cola a um congresso que teve a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como palestrante, gerou desconforto no governo dos Estados Unidos. A situação ganhou relevância devido às sanções impostas a Moraes pelo governo Trump, com base na Lei Global Magnitsky, em julho deste ano. O evento em questão foi o XXVI Congresso Nacional do Ministério Público, realizado em Brasília, no mês de novembro.
Segundo informações divulgadas, um alto funcionário do Departamento de Estado americano teria entrado em contato direto com um executivo da Coca-Cola nos EUA para expressar a reprovação de Washington. A gestão Trump tem sido enfática ao afirmar que empresas americanas não devem apoiar eventos que promovam indivíduos sancionados pela Lei Magnitsky, uma legislação que visa punir violadores de direitos humanos e corruptos.
A preocupação americana não se restringiu à Coca-Cola, dada sua dimensão e sede nos Estados Unidos. Patrocínios de outras entidades, como PicPay, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Febraban, também teriam causado incômodo em Washington. A possível aplicação de “sanções secundárias” a empresas que contribuem financeiramente para indivíduos sob a Lei Magnitsky também foi levantada.
A Coca-Cola Brasil, em nota oficial, se manifestou sobre o caso, alegando que não teve envolvimento na escolha dos palestrantes do congresso e que não foi informada previamente sobre a lista de participantes. A empresa também ressaltou que seus representantes não estiveram presentes no evento, tampouco participaram de sua organização.
Fonte: http://vistapatria.com.br
