Mensagens revelam estratégia da facção para monitorar operações da polícia

Comando Vermelho planejava usar drones noturnos para vigiar a polícia, segundo mensagens reveladas pelo MPRJ.
Em 28 de outubro de 2025, o Comando Vermelho (CV) estava articulando o uso de drones equipados com câmeras de visão noturna e térmica para monitorar operações policiais, segundo denúncias do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A megaoperação que ocorreu nessa data resultou na morte de 121 pessoas, a mais letal da história do estado.
Mensagens reveladoras
De acordo com documentos analisados, integrantes da facção trocaram mensagens em um grupo de WhatsApp, discutindo a compra e o uso de tecnologia para vigilância. Os líderes da facção, como Carlos da Costa Neves, conhecido como Gadernal, expressavam a necessidade de adquirir drones mais avançados. Em suas mensagens, ele afirmou: “A gente tem que se adequar à tecnologia, entendeu?”. Outro membro, Washington Cesar Braga da Silva, conhecido como Grandão, apoiou a ideia e destacou a importância de ter equipamentos noturnos.
Estratégia de controle territorial
Essas comunicações revelam a intenção do CV de expandir seu controle sobre os territórios e reforçar o monitoramento das forças de segurança. Durante a megaoperação mencionada, o MPRJ indicou que criminosos utilizaram drones para lançar explosivos contra policiais, demonstrando a gravidade da situação. Gadernal, apontado como gerente geral do tráfico no Complexo da Penha, estava liderando essas operações junto a outros líderes da facção.
Desdobramentos da operação
A ação do MPRJ visou desmantelar essa estrutura criminosa e interromper os planos de vigilância do Comando Vermelho. Documentos oficiais revelaram que, além da vigilância, as mensagens eram utilizadas para coordenar a venda de drogas e organizar escalas de plantão nas bocas de fumo. Com a prisão de 68 pessoas, a operação visou frear a dinâmica do tráfico de drogas e a organização criminosa na região.



