Viúva denuncia resultados de exames

Yulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny, afirma que exames confirmam envenenamento do ativista, que morreu em fevereiro de 2024.
Yulia Navalnaya, viúva do ativista Alexei Navalny, afirmou, nesta quarta-feira, 17, que dois laboratórios estrangeiros confirmaram o envenenamento dele. Navalny era o principal opositor do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e estava em prisão russa quando morreu, em fevereiro de 2024, aos 47 anos. Segundo Yulia, amostras biológicas de Navalny saíram da Rússia em 2024 e foram analisadas em dois países. Ambos os laboratórios chegaram à mesma conclusão: envenenamento.
A declaração de Yulia Navalnaya
Em um vídeo publicado, Yulia declarou que os resultados representam uma “verdade inconveniente” que precisa de divulgação. “Esses laboratórios em dois países diferentes chegaram à mesma conclusão: Alexei foi assassinado”, afirmou, ressaltando a necessidade de tornar esses resultados públicos. Contudo, ela não revelou os nomes dos laboratórios ou a substância identificada no corpo de Navalny, tampouco como o material saiu da Rússia.
Reação do Kremlin
O Kremlin, através do porta-voz Dmitry Peskov, rejeitou as acusações feitas por Yulia Navalnaya, informando que não tinha informações sobre as declarações da viúva. Navalny morreu em 16 de fevereiro de 2024 em uma prisão no Círculo Polar Ártico. Sua mãe, Lyudmila Ivanovna, afirmou, na época, que somente teve acesso ao corpo uma semana depois, tendo lido o atestado de óbito que registrou a morte como natural.
O histórico de Navalny
Navalny criticava abertamente o governo de Vladimir Putin e denunciava corrupção em altos cargos. Ele organizou protestos de rua e usou suas plataformas digitais para expor denúncias, tornando-se uma figura central nas manifestações antigovernamentais nas últimas décadas. Em 2020, ganhou fama internacional após ser envenenado com o agente Novichok durante um voo, levando a uma emergência em Omsk, antes de ser transferido para a Alemanha, onde o governo local confirmou o envenenamento. Após retornar à Rússia em 2021, foi preso e cumpria pena no momento de sua morte.